(Texto atualizado com mais informações)
SÃO PAULO, 7 Jul (Reuters) - O dólar subia ante o real na primeira hora de negócios desta terça-feira, captando dia de maior cautela no exterior devido a temores sobre efeitos econômicos de novos bloqueios pontuais em alguns países para conter o aumento de casos de coronavírus.
Às 9:45, o dólar BRBY avançava 0,37%, a 5,3720 reais na venda.
Na B3, o dólar futuro DOLc1 tinha alta de 0,23%, a 5,3775 reais.
De acordo com análise técnica da XP Investimentos, o dólar futuro está em tendência de alta. A casa considera que, acima dos 5,388 reais, a cotação buscaria 5,513 reais ou 5,986 reais. Os suportes estão em 5,133 reais e 4,821 reais.
"Cautela com avanço da pandemia interrompe recuperação dos mercados nesta terça-feira", disse o Bradesco (SA:BBDC4) em nota.
A moeda dos EUA ganhava frente a uma ampla lista de divisas, sobretudo ante moedas de perfil semelhante ao real, como peso mexicano MXN= , que caía cerca de 1%. Investidores davam uma pausa no rali da véspera de olho em novas medidas de restrição a atividades sociais em países como Espanha e Austrália, além do contínuo aumento de casos de Covid-19 nos EUA.
O receio é que a ressurgência dos números da doença causada pelo coronavírus ameace os sinais iniciais de recuperação da economia global, base da recente alta do mercado.
No Brasil, o mercado aguardava os resultados de novo teste de coronavírus feito pelo presidente Jair Bolsonaro. véspera, o dólar subiu a despeito do clima mais positivo nos mercados internacionais. Analistas chamaram atenção para o menor volume de negócios e para a retomada do trade "compra de bolsa/compra de dólar", aproveitando-se do hedge mais barato na esteira da Selic nas mínimas históricas.
O giro no mercado de dólar futuro da B3 0#DOL: ficou na segunda-feira 35% abaixo da média diária das 30 sessões anteriores.
Ainda na segunda, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que a expectativa da autoridade monetária é que o que chamou de novo equilíbrio entre juro mais baixo e taxa de câmbio mais desvalorizada tende a persistir no país "durante um tempo". (Por José de Castro; Edição de Camila Moreira)