BRUXELAS, 27 Mai (Reuters) - A Comissão Europeia vai divulgar esta quarta-feira um plano para pedir empréstimos no mercado e depois desembolsar aos estados membros da União Europeia 500 mil milhões de euros (ME) em subsídios e 250 mil ME em empréstimos para ajudá-los a recuperar do impacto económico do coronavírus, disseram autoridades da UE.
O objectivo é também proteger o mercado único da União Europeia, onde pertencem 450 milhões de pessoas, de ser fragmentado por divergentes crescimentos económicos e níveis de riqueza, à medida que o bloco de 27 países emerge da recessão mais profunda de sempre que é esperada começar já este ano.
O plano é necessário porque países como Itália, Espanha, Grécia, França e Portugal, sobrecarregados com dívidas altas e fortemente dependentes do turismo, terão mais dificuldade do que as nações do norte (mais frugais) em reiniciar as suas economias através de empréstimos.
O Comissário da Economia Europeia, Paolo Gentiloni, disse no Twitter que a soma total proposta para o fundo de recuperação foi de 750 mil ME.
Quatro funcionários e diplomatas da UE confirmaram a divisão entre 'grants' e 'loans' que o departamento executivo da UE deve anunciar no Parlamento Europeu, e um diplomata da UE considerou o plano uma proposta "sensata".
O euro EUR= saltou após o anúncio do valor correspondente a 750 mil ME, sendo negociado a 1,1022 em relação ao dólar, uma subida de 1,0932 antes.
O pacote do fundo de recuperação é um complemento ao orçamento de longo prazo da UE para 2021-27, que a Comissão proporá ser fixado em 1,1 milhão de milhão de euros, disseram duas fontes.
Texto integral em inglês: (Reportagem de Gabriela Baczynska e John Chalmers, traduzido para português por Maria Gonçalves em Gdansk Newsroom; Editado por Patrícia Vicente Rua em Lisboa)