LISBOA, 16 Mai (Reuters) - As dormidas na hotelaria em Portugal caíram 0,2 pct em Março último, para 3,7 milhões, face ao mês homólogo de 2016, penalizadas pelo facto da Páscoa, no ano passado, ter ocorrido no primeiro trimestre, ao contrário do que aconteceu este ano.
"Estes resultados foram influenciados pelo efeito de calendário associado ao período da Páscoa que ocorreu, em 2016, em Março e, em 2017, em Abril", referiu o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O mercado interno contribuiu com 961,2 mil dormidas, que se traduziram numa redução de 9,9 pct, interrompendo a tendência de crescimento que existia deste Setembro de 2016.
Os mercados externos desaceleraram, tendo crescido 3,7 pct em termos homólogos em Março, quando no anterior mês de Fevereiro tinham expandido 9,3 pct.
No conjunto do primeiro trimestre de 2017, as dormidas do mercado interno caíram decresceram 2 pct e as dos mercados externos aumentaram 9 pct, "resultados que foram influenciados pelo efeito de calendário associado à Páscoa, que este ano aconteceu no segundo e não no primeiro trimestre, como em 2016".
Os treze principais mercados emissores representaram 81,5 pct do total das dormidas de não residentes e apresentaram resultados maioritariamente positivos.
As dormidas de hóspedes residentes no Reino Unido registaram um crescimento em março de 5,7 pct, o mercado alemão cresceu 4,9 enquanto o espanhol, tradicionalmente sensível ao "efeito Páscoa" teve uma quebra de 43,7 pct.
O adiantou que os proveitos totais cresceram 9,9 pct para 188,9 milhões de euros (ME) em Março, mas abrandaram face ao aumento de 14,5 pct no mês anterior. Os proveitos de aposento atingiram 130,1 ME, mais 8,6 pct que no mês homólogo, mas menos do que os 16 pct em Fevereiro. (Por Patrícia Vicente Rua; Editado por Daniel Alvarenga)