Poupe 40%
🔥 A estratégia de ações escolhidas por IA, Titãs da tecnologia, subiu +7,1% em maio. Junte-se à ação com as ações EM ALTA.Poupe 40%

FOCO-S&P alerta desaceleração economia Portugal em 2016, mantém rating

Publicado 16.09.2016, 18:11
© Reuters.  FOCO-S&P alerta desaceleração economia Portugal em 2016, mantém rating
RC
-

* Agência reitera notação BB+, perpectiva estável

* Vê PIB crescer 1,2 pct em 2016, défice em 2,8 pct

* DBRS, única que tem Portugal acima de 'lixo', revê em Outubro (Acrescenta reacção Ministério das Finanças)

Por Shrikesh Laxmidas

LISBOA, 16 Set (Reuters) - A Standard & Poor's manteve inalterado o 'rating' que atribui à dívida soberana portuguesa em BB+, com perspectiva estável, mas alertou que uma desaceleração económica deverá resultar num défice público de 2,8 pct do PIB este ano, acima dos 2,5 pct exigidos por Bruxelas.

A agência de notação referiu, em comunicado, que a economia portuguesa cresça 1,2 pct em 2016, face aos 1,5 pct do ano passado e à meta de governamental de 1,8 pct.

"Acreditamos que a desaceleração económica desde meados de 2015 reflecte principalmente o abrandar do desempenho das exportações e da actividade do investimento", disse, destacando a quebra da procura por países fora da União Europeia.

Adiantou que prevê que o défice público caia para perto de 2,8 pct do PIB, de 3,2 pct em 2015, ou 4,4 pct tendo em conta a injecção de capital no Banif em Dezembro desse ano.

"A diferença entre a nossa previsão e a meta revista para 2,5 pct após a decisão do Conselho da União Europeia em Agosto, é devido principalmente à nossa previsão mais baixa do crescimento económico".

O Orçamento de Estado visa um défice público de 2,2 pct este ano.

A S&P, tal como as pares Moody's e Fitch, tem Portugal ainda em território de 'lixo' e com perspectiva estável.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta, nem recomendação da Investing.com. Ver declaração aqui ou remover anúncios .

A DBRS, única agência que tem o soberano no desejado patamar de 'investment grade' e que qualifica a dívida portuguesa para o programa de compras do Banco Central Europeu (BCE), deverá divulgar a análise dessa notação a 21 de Outubro.

A 'yield' das Obrigações do Tesouro (OT) portuguesas a 10 anos disparou nos últimos dois dias para máximos de sete meses, com receios sobre os eventuais alertas da Standard & Poor's sobre a economia, e segue a agravar 6 pontos base para 3,479 pct. L8N1BS1XJ

O Ministério das Finanças registou, em comunicado, "o aumento de confiança da agência na consolidação orçamental, complementado por uma melhoria no perfil de maturidades da dívida pública e por uma manutenção dos custos de financiamento a níveis sustentáveis".

Adiantou que "os riscos para os quais alerta a S&P advêm principalmente da componente externa. Em resposta a estes desafios, as empresas estão a adaptar as suas estratégias de diversificação de mercados para mitigar riscos exógenos à economia portuguesa".

TESTE POLÍTICO

"Acreditamos que o Governo permanecerá comprometido com qualquer eventual derrapagem orçamental significativa, possivelmente devido a condições macroeconómicas piores que previstas, ou um impacto maior que esperado na despesa de algumas medidas como as 35 horas na função pública ou a reposição dos salários públicos após os cortes", disse.

A S&P avisou que "ausente uma estratégia mais robusta para reduzir o défice público, que é uma indicação do desafiante ambiente político, esperamos consolidação orçamental lenta".

Adiantou que prevê que o Governo socialista, suportado pelo Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português, deverá manter-se comprometido com as políticas que alavancam mais consolidação orçamental em linha com as políticas na zona euro.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta, nem recomendação da Investing.com. Ver declaração aqui ou remover anúncios .

Vincou, contudo, que a "estabilidade, a longo prazo, do Governo irá provavelmente ser testada se o crescimento for menor que previsto, pela eventual implementação de mais medidas para reduzir o défice, e à medida que toma um papel na estabilização do sector da banca".

A agência de 'rating' vê a ausência de medidas mais fortes de desalavancagem e de reformas estruturais, incluindo para melhorar o ambiente de negócios, e o elevado endividamento do sector privado, a continuarem a restringir as perspectivas de crescimento nos próximos anos.

"Isto aumenta a fragilidade do sistema bancário português, que é caracterizado por baixa rentabilidade e um ainda elevado 'stock' de activos problemáticos nos balanços dos bancos".

Explicou que, apesar de ver o plano para recapitalizar a estatal Caixa Geral de Depósitos em até 5.100 milhões de euros como uma medida construtiva e que deverá melhorar as condições de crédito na economia, não vê o processo de restruturação da banca portuguesa a terminar antes do final de 2017.

O Ministério das Finanças salientou que "o Governo está determinado na estabilização do sector financeiro e na implementação dos programas de apoio à capitalização, modernização e internacionalização das empresas portuguesas". (Por Shrikesh Laxmidas; editado por Daniel Alvarenga)

Últimos comentários

Divulgação de riscos: A realização de transações com instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve altos riscos, incluindo o risco de perda de uma parte ou da totalidade do valor do investimento, e pode não ser adequada para todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos tais como eventos financeiros, regulamentares ou políticos. A realização de transações com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir realizar transações com instrumentos financeiros ou criptomoedas, deve informar-se sobre os riscos e custos associados à realização de transações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente os seus objetivos de investimento, nível de experiência e nível de risco aceitável, e procurar aconselhamento profissional quando este é necessário.
A Fusion Media gostaria de recordar os seus utilizadores de que os dados contidos neste website não são necessariamente fornecidos em tempo real ou exatos. Os dados e preços apresentados neste website não são necessariamente fornecidos por quaisquer mercados ou bolsas de valores, mas podem ser fornecidos por formadores de mercados. Como tal, os preços podem não ser exatos e podem ser diferentes dos preços efetivos em determinados mercados, o que significa que os preços são indicativos e inapropriados para a realização de transações nos mercados. A Fusion Media e qualquer fornecedor dos dados contidos neste website não aceitam a imputação de responsabilidade por quaisquer perdas ou danos resultantes das transações realizadas pelos seus utilizadores, ou pela confiança que os seus utilizadores depositam nas informações contidas neste website.
É proibido usar, armazenar, reproduzir, mostrar, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos neste website sem a autorização prévia e explicitamente concedida por escrito pela Fusion Media e/ou pelo fornecedor de dados. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados pelos fornecedores e/ou pela bolsa de valores responsável pelo fornecimento dos dados contidos neste website.
A Fusion Media pode ser indemnizada pelos anunciantes publicitários apresentados neste website, com base na interação dos seus utilizadores com os anúncios publicitários ou com os anunciantes publicitários.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que há qualquer discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.