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CÂMBIO-Dólar tem segunda queda seguida e fecha abaixo de R$3,25, mirando exterior

Publicado 03.01.2018, 19:01
Atualizado 03.01.2018, 19:10
© Reuters.  CÂMBIO-Dólar tem segunda queda seguida e fecha abaixo de R$3,25, mirando exterior
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Por Claudia Violante

SÃO PAULO, 3 Jan (Reuters) - O dólar recuou nesta quarta-feira, pelo segundo pregão consecutivo e indo abaixo de 3,25 reais, sintonizado com a trajetória da moeda norte-americana no exterior em dia de agenda doméstica esvaziada.

O dólar BRBY recuou 0,73 por cento, a 3,2364 reais na venda, depois de despencar 1,64 por cento no pregão passado.

Nestes dois pregões, a moeda norte-americana ficou 2,35 mais barata e, na mínima do dia, foi a 3,2334 reais. O dólar futuro DOLc1 tinha baixa de cerca de 0,80 por cento.

"O ambiente favorável à busca por risco atravessou a noite e segue presente", trouxe a corretora H.Commcor em relatório ao citar o cenário externo.

Lá fora, o dólar caía ante moedas de países emergentes, como o peso mexicano MXN= e o rand sul-africano ZAR= , e, apesar de mostrar leve alta sobre uma cesta de moedas .DXY , continuava perto da mínima em quatro meses com investidores reduzindo posições antes da divulgação da ata da reunião de dezembro do Federal Reserve, banco central norte-americano, após o fechamento dos mercados locais. investidores vão procurar no documento sinais de como a política monetária dos Estados Unidos será gerenciada daqui para frente. Juros mais altos podem atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados em outras praças, como a brasileira.

Internamente, o fato de o dólar ter recuado do nível de 3,31 reais, no fechamento de 2017, para abaixo de 3,25 reais agora acabou atraindo compradores, que acabaram içando pontualmente a moeda norte-americana no final da manhã.

"Se o dólar/real permanecer abaixo da região de 3,25/3,26 reais, podemos ver a cotação caminhando em direção a uma barreira muito forte, a 3,20 reais", escreveu a corretora Wagner Investimentos em relatório.

Internamente, o ano virou com clima um pouco mais favorável, após as agências de classificação de risco não terem reduzido o rating do Brasil no final de 2017, como era a expectativa de parte do mercado após a votação da reforma da Previdência ter sido adiada para fevereiro na Câmara dos Deputados.

Nas próximas semanas, os investidores também vão ficar de olho no julgamento, marcado para o dia 24 de janeiro, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em segunda instância no caso do tríplex no Guarujá.

Caso sua condenação seja mantida, ele pode não participar das eleições presidenciais desde ano. Lula é visto por alguns investidores um candidato menos comprometido com o ajuste fiscal.

(Edição de Patrícia Duarte)

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