CDS-PP exige Governo acelere fundos estruturais, política socialista mina confiança

Publicado 13.09.2016, 12:24
CDS-PP exige Governo acelere fundos estruturais, política socialista mina confiança

LISBOA, 13 Set (Reuters) - A política dos socialistas está a minar a confiança dos investidores em Portugal e o Governo tem de acelerar a execução dos fundos estruturais para começar a estimular o investimento e suportar o crescimento, disse a líder do CDS-Partido Popular.

Assunção Cristas adiantou é preciso por "o país a crescer, a gerar emprego sustentável, a criar riqueza", frisando: "a trajectória do crescimento tem sido muito preocupante, o crescimento é anémico, o investimento está a diminuir e as exportações a cair".

Explicou que "o consumo não tem o fulgor necessário para compensar estes outros dois pilares e portanto é preciso que o Governo trate da boa execução dos fundos comunitários para que possa haver recuperação do investimento e recuperação de condições de confiança".

"O CDS é muito crítico em relação à política económica deste Governo, em relação às opções que foram sendo tomadas que fragilizam a economia do nosso país e a confiança na economia e por isso não têm sido capazes de captar o investimento", disse Assunção Cristas, após uma reunião com o Primeiro-Ministro.

"Se as políticas que o Governo tem prosseguido não ajudam a criar um clima de confiança para os investidores, ao menos que os fundos comunitários, a funcionarem bem, possam servir de alavanca para o crescimento", acrescentou a líder do CDS.

Alertou que "em Portugal o indicador mais negativo no que diz respeito ao crescimento económico é de facto o investimento".

"Nessa matéria os fundos comunitários, a funcionarem bem e a chegarem à economia e às empresas, é fundamental para que possamos ajudar a inverter esta tendência negativa", adiantou.

O Executivo socialista está a preparar o OE 2017 para entregá-lo no Parlaento até 15 de Outubro.

Portugal cresceu em cadeia uns tímidos 0,3 pct e 0,9 pct em termos homólogos no segundo trimestre de 2016, com a fraca procura interna a perder fôlego, mas as exportações líquidas deram um contributo positivo, sendo quase impossível o Governo atingir o crescimento previsto de 1,8 pct em 2016.

O investimento teve uma queda homóloga de 3 pct no segundo trimestre, após ter-se contraído 1,2 pct no primeiro, e compara com uma estimativa do Orçamento de Estado que cresça 4,9 pct.

Assunção Cristas adiantou que o CDS mantém a sua "posição absolutamente contrária" a qualquer sanção de suspensão de fundos estruturais para Portugal, "por ser injusta, injustificada e incompreensível pelos elevados sacrifícios que os portugueses fizeram nos últimos anos".

"Continuaremos a batalhar para que não haja qualquer sanção de suspensão de fundos para Portugal", disse.

Ontem, o novo ministro das Finanças da Finlândia, Petteri Orpo, disse, numa entrevista à Reuters, que Portugal livrou-se muito facilmente da situação de não ter reduzido o seu défice orçamental, e a 'linha suave' da União Europeia (UE) representa um risco para a credibilidade desta. sinais de crescente euro-cepticismo no bloco europeu, Espanha e Portugal escaparam, em Julho, de serem multados pela UE pelo facto de não terem reduzido o défice para menos de 3 pct do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015.

(Por Sérgio Gonçalves; Editado por Patrícia Vicente Rua)

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