LISBOA, 14 Out (Reuters) - As dormidas na hotelaria em Portugal subiram 3,7 pct, em termos homólogos, em Agosto último, para 7,5 milhões, mas desaceleraram face ao aumento de 7,7 pct no mês anterior, com o mercado interno negativo e o externo a abrandar o crescimento, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).
"Em Agosto de 2016, os estabelecimentos hoteleiros registaram 2,3 milhões de hóspedes, mais 3,4 pct, e 7,5 milhões de dormidas, mais 3,7 pct, correspondendo a uma desaceleração face ao mês anterior, cujas subidas foram de 10,8 pct e 7,7 pct, respetivamente", referiu.
Explicou que o mercado interno, com 2,5 milhões de dormidas, teve uma redução de 3,3 pct, após dois meses com aumentos.
Por sua vez, os mercados externos, com cinco milhões de dormidas e um aumento homólogo de 7,7, desaceleraram ligeiramente face aos dois últimos meses.
O INE realçou que "a evolução dos treze principais mercados emissores foi globalmente positiva, tendo-lhes correspondido uma quota de 88,8 pct, igual à de agosto de 2015".
Explicou que o Reino Unido, que representa 22,7 pct das dormidas de não residentes, apresentou um crescimento de 8,2 pct, superior aos 6,8 pct em Julho e aos 7,8 pct em Junho.
O mercado espanhol desacelerou fortemente, com uma subida de 1,4 pct, face a 11,5 pct em Julho, reduzindo a sua representatividade de 18,2 pct em Agosto de 2015 para 17,1 pct em Agosto de 2016.
A estada média subiu ligeiramente, 0,4 pct para 3,21 noites em Agosto, mas a taxa de ocupação-cama, com uma subida de 0,1 pontos percentuais para 73,5 pct, ficou aquém da do mês anterior. A taxa líquida de ocupação-cama, corresponde à relação entre o número de dormidas e o número de camas disponíveis.
Os proveitos totais aumentaram 11,9 pct para 442,8 milhões de euros (ME) e os de aposento 13,4 pct para 343,5 ME, mas também ficaram aquém dos valores do mês anterior.
Os proveitos de aposento referem-se apenas aos valores resultantes das dormidas, enquanto os totais incluem também encaixes com restauração e outros decorrentes da actividade, como cedência de espaços, lavandaria e comunicações.
O sector do turismo tem tido um forte contributo na recuperação da economia portuguesa, que regressou ao crescimento em 2014, depois de recessão de três anos.
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