LONDRES, 22 Mar (Reuters) - A economia britânica deve resistir à desaceleração novamente este ano, quando o país se aproxima da saída da União Europeia, com o impacto da inflação nos consumidores a ser parcialmente compensado por mais investimentos e exportações, segundo um relatório do banco central britânico.
No ano passado, o Reino Unido teve a maior taxa de crescimento das economias avançadas depois da Alemanha, apesar do choque da decisão em junho de deixar a União Europeia, o que provocou a queda da libra e previsões generalizadas de recessão.
O relatório desta quarta-feira vai ao encontro das projeções feitas mês passado de que o crescimento permanecerá sólido em 2017, mesmo com a inflação a afectar o rendimento disponível das famílias.
Dados oficiais na terça-feira mostram que a inflação superou as expectativas no mês passado, chegando a 2,3 por cento, nível mais alto em mais de três anos, testando a disposição declarada do banco central de fazer 'vistas grossas' a saltos temporários no aumento dos preços.
O Banco da Inglaterra prevê que a economia crescerá 2 por cento neste ano -- número pouco alterado em relação ao ano passado e no topo das previsões do setor privado --, mas está menos optimista em relação às perspectivas de longo prazo após o voto de junho do Brexit. (Por David Milliken; Traduzido para português por Sérgio Gonçalves)