Transformar garrafas de plástico em azulejos é a missão de uma empresa sedeada na ilha de Santo Antão, Cabo Verde. Com cerca de oito garrafões de cinco litros de água, ou o correspondente, em garrafas de litro e meio, produz-se um azulejo. O objetivo é, naturalmente, tornar rentável o projeto mas também ajudar o meio ambiente.
Diariamente 25 quilos de plástico ganham uma nova vida. Uma iniciativa de uma emigrante cabo-verdiana, que viveu na Holanda. Maria Teresa Segredo iniciou este projeto em 2017. Primeiro com a formação dos empregados e só desde novembro de 2018 o produto entrou no mercado. Nesta fábrica produzem-se azulejos, digamos normais, mas também decorativos. Mas para que se consiga a matéria-prima necessária, é também importante o empenho das comunidades locais.
A recolha faz-se também em hotéis e restaurantes de Santo Antão. Em dois anos, desde o período de formação e testes e o início da venda dos azulejos a empresa já reciclou mais de 20 toneladas de plástico e produziu mais de dois mil azulejos, de 20x20, que são vendidos no mercado nacional, mas também no estrangeiro.
O grande desafio da empresa são as ligações marítimas entre as ilhas que tornam mais difícil fazer chegar de outros pontos do país a matéria-prima.