EUA tentam tranquilizar China após conversa de Trump com líder Taiwan

Publicado 06.12.2016, 10:36
Atualizado 06.12.2016, 10:40
EUA tentam tranquilizar China após conversa de Trump com líder Taiwan

Por Roberta Rampton e Ben Blanchard

WASHINGTON/PEQUIM, 6 Dez (Reuters) - A Casa Branca anunciou na segunda-feira que procurou tranquilizar a China após um telefonema do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, à líder de Taiwan na semana passada, que o Governo Obama alertou que pode afectar o progresso nas relações de Washington com Pequim.

O comunicado do porta-voz do presidente dos EUA, Barack Obama, enfatizou os receios de uma repercussão negativa ao telefonema invulgar de Trump à presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, na sexta-feira, que provocou um protesto diplomático de Pequim no sábado.

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse que membros do Conselho de Segurança Nacional conversaram duas vezes com autoridades chinesas durante o fim de semana para reforçar as garantias do compromisso de Washington com a política de "uma China" e para "reiterar e esclarecer o compromisso permanente dos Estados Unidos com a nossa política de longa data para a China".

Essa política está em vigor há 40 anos e tem como foco a promoção e a preservação da paz e da estabilidade no estreito que separa China e Taiwan, que é do interesse dos EUA, disse Earnest.

"Se a equipa do presidente eleito tem um objetivo diferente, deixarei que eles o descrevam", afirmou. "O Governo chinês em Pequim colocou uma prioridade enorme nesta situação, e é um tema delicado. Parte do progresso que fizemos no nosso relacionamento com a China poderia ser minado se este assunto 'aquecer'".

A ligação para Tsai Ing-wen foi a primeira de um presidente ou presidente eleito norte-americano a um líder taiwanês desde que o então presidente Jimmy Carter reconheceu Taiwan como parte de "uma China" em 1979. Pequim vê o território como uma província renegada.

Apesar das tensões relativas a assuntos que vão do comércio a reivindicações territoriais chinesas no Mar do Sul da China, a gestão Obama tem realçado a cooperação em temas globais, como a mudança climática e os programas nucleares do Irã e da Coreia do Norte.

Mais cedo na segunda-feira, o Ministério das Relações Exteriores chinês disse que Trump entende a posição da China no tocante a Taiwan e que Pequim vem mantendo contato com sua equipe.

O presidente do Comité de Relações Exteriores do Senado norte-americano, Bob Corker, que foi mencionado como possível secretário de Estado do próximo governo, disse também na segunda-feira ter achado que a reação ao telefonema para Taiwan tem sido exagerada.

(Reportagem adicional de Doina Chiacu, David Brunnstrom, Patricia Zengerle, David Chance e David Lawder, em Washington; Michelle Nichols, em Nova York; e Michael Martina, em Pequim; Traduzido para português por Sérgio Gonçalves; Editado em português por Patrícia Vicente Rua)

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