O gigante do chocolate Ferrero vai lançar uma versão vegana do popular creme de barrar Nutella, que vai estar à venda nos supermercados em Itália no outono.
As origens da Nutella remontam à Segunda Guerra Mundial, quando o cacau era limitado e caro. Assim, os fabricantes de chocolate procuraram novas formas de produzir produtos utilizando outros ingredientes, como as avelãs. O percurso da Nutella começou em 1964 com a venda do primeiro frasco de creme de avelã na região italiana de Piemonte. O icónico logótipo da empresa apareceu no palco mundial no ano seguinte, com as vendas a expandirem-se de Itália para a Alemanha, França e Austrália.
Atualmente, o conhecido creme de chocolate e avelã encontra-se nas prateleiras de todo o mundo. No entanto, as pessoas que optam por uma dieta flexitariana ou sem lactose tiveram de encontrar outras alternativas devido ao aditivo lácteo do produto.
A Ferrero espera que a missão de servir novas tendências alimentares através de um creme à base de plantas traga emoção as famílias.
A notícia da chegada de Nutella Plant-Based surge após um ano de crescimento substancial da produção, com um aumento de 20% nas vendas, correspondendo a 500.000 toneladas.
O CEO do Gruppo VèGè, Giorgio Santambrogio, confirmou o anúncio da Fererro através do LinkedIn, dizendo que a empresa está "orgulhosa de ser o primeiro retalhista a ser informado das inovações da Ferrero".
O que saber sobre a Nutella à base de plantas
A versão recém-lançada do creme de barrar tem como objetivo chegar às casas dos consumidores flexitarianos, que procuram ativamente reduzir os produtos de origem animal nas suas dietas. Estima-se que cerca de 12 milhões de pessoas em Itália se enquadram nesta categoria.
Além disso, o produto destina-se a pessoas intolerantes à lactose, uma vez que a nova receita de Nutella Plant Based utiliza apenas ingredientes de origem vegetal. Enquanto o mais recente produto de Nutella chega ao mercado, a Ferrero garante que o sabor vai manter-se o mesmo.
O nome da marca Nutella Plant Based foi registado em dezembro passado em Itália e na Alemanha. O produto recém-introduzido entra no mercado italiano de produtos à base de plantas, cujo mercado de alternativas veganas vale cerca de 680 milhões de euros e, dentro deste, as alternativas lácteas representam cerca de 310,4 milhões de euros em vendas.