BRATISLAVA, 9 Set (Reuters) - Os ministros das Finanças da zona do euro pressionaram a Grécia nesta sexta-feira para voltar ao trabalho e acelerar as reformas com as quais concordou, antes de receber uma nova parcela de dinheiro.
Segundo um acordo assinado no ano passado com os países da zona do euro, com o Banco Central Europeu (BCE) e com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a Grécia pode receber uma ajuda financeira de 86.000 milhões de euros (ME) até 2018, em troca de reformas.
Em maio, o Eurogrupo, que compreende os ministros das Finanças da zona euro, aprovou uma parcela de 10.300 ME para a Grécia. Deste montante, os iniciais 7.500 ME foram transferidos para Atenas, com o remanescente disponível até o final de Outubro, se a Grécia cumprisse algumas condições.
Os ministros, numa reunião informal em Bratislava nesta sexta-feira, expressaram preocupações de que o país estaria a atrasar-se nos seus esforços.
A Grécia deve cumprir 15 reformas em Setembro, incluindo planos de privatização e mudanças no sector de energia, para obter os 2.800 ME finais disponíveis nesta parcela.
Com uma dívida de mais de 175 por cento do Produto Interno Bruto e depois de três planos de resgates financeiros internacionais, Atenas espera que os seus credores oficiais especifiquem as medidas de alívio da dívida até o final deste ano. (Reportagem de Tatiana Jancarikova, Shadia Nasralla e Jason Hovet; Traduzido para português por Sérgio Gonçalves; Editado em português por Shrikesh Laxmidas)