Portugal focado corte défice para 1,6 pct 2017, regras euro não podem agravar assimetrias

Publicado 14.11.2016, 16:03
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MADRID/LISBOA, 14 Nov (Reuters) - Portugal está determinado em cortar o défice público para 1,6 pct do PIB em 2017, face aos 2,4 pct estimados para 2016, mas as regras do euro não podem continuar a agravar as assimetrias entre os países mais frágeis que têm de fazer um esforço maior e os mais competitivos, disse o Primeiro-Ministro português.

Durante uma conferência de imprensa, conjunta com o seu homólogo espanhol Mariano Rajoy, António Costa reiterou que "Portugal vai ter este ano, pela primeira vez, um défice inferior aos 3 pct, como a própria Comissão Europeia (CE) já o reconhece".

"É com igual determinação que, para o ano, prosseguiremos a redução do défice para 1,6 pct, que é o que está previsto com a CE", disse o Primeiro-Ministro português.

"Mas, temos de compreender bem que estas regras comuns não podem continuar a agravar as assimetrias económicas entre economias que têm de fazer um esforço acrescido para serem mais competitivas relativamente àquelas economias que já são mais competitivas", acrescentou.

António Costa reconheceu que "não há moeda única sem regras comuns, mas essas regras têm de ser aplicadas de forma a reforçar e fortalecer o euro".

"Acho que é esse esforço comum que temos todos de fazer para que haja regras comuns e oportunidades comuns para que a moeda seja boa para todos", afirmou o Primeiro-Ministro.

O Executivo socialista português prevê descer o défice público para 2,4 pct do PIB em 2016, contra 4,4 pct em 2015 devido à injeção de fundos públicos no resgate do Banif, prevendo cortá-lo para 1,6 pct em 2017.

O Governo, que tem adoptado uma política de reposição de rendimentos das famílias, estima que o PIB português cresça 1,2 pct em 2016, contra 1,6 pct em 2015, estimando uma expansão de 1,5 pct em 2017.

António Costa reiterou que Portugal está a levar a cabo um conjunto de iniciativas, desde logo a recapitalização da estatal Caixa Geral de Depósitos (CGD), visando estabilizar o sistema financeiro, permitindo que possa fomentar o financiamento da economia e o crescimento, tal como Espanha o fez há alguns anos. (Por Sérgio Gonçalves; Editado por Patrícia Vicente Rua)

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