A União Europeia assinou, em Hanoi, um acordo de livre comércio com o Vietname, o primeiro do género com um país em vias de desenvolvimento, que prevê a eliminação progressiva de 99 por cento das taxas alfandegárias.
Concluído após sete anos de negociações, o acordo permitirá um melhor acesso da Europa ao mercado vietnamita, com mais de 95 milhões de consumidores.
A Comissária Europeia para o Comércio, Cecilia Malmström, afirmou que "a União Europeia é o maior investidor de forma global, mas no Vietname foi até ao momento relativamente modesta. Ficou em pouco mais de 8 mil milhões de euros em 2016. Mas com o novo acordo de proteção do investimento, isso vai aumentar. Vai substituir velhos acordos bilaterais, garantindo uma proteção do investimento de alto nível, através de uma definição clara de padrões".
O acordo - que ainda precisa de ser ratificado no Parlamento Europeu - inclui regras sobre as condições de trabalho, o respeito do ambiente e a propriedade intelectual no Vietname, mas Bruxelas viu-se criticada pela pouca pressão sobre Hanoi em termos do respeito dos Direitos Humanos.
Na Ásia, a União Europeia já tinha acordos comerciais com a Coreia do Sul, o Japão e Singapura. O pacto com o Vietname surge dois dias depois do acordo de livre comércio com o bloco sul-americano do Mercosur, concluído após duas décadas de diálogo.