A construtora aeronáutica norte-americana Boeing (NYSE:BA) vai pagar dois mil milhões de euros ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Investigações revelaram que a Boeing teria enganado os reguladores relativamente à segurança do 737 Max, modelo no centro de dois desastres ocorridos pouco tempo após terem entrado ao serviço.
A penalização aplicada inclui indemnizações para as vítimas, os clientes e a multa propriamente dita.
O departamento de justiça publicou a decisão no 'site' esta sexta-feira:
"Os funcionários da Boeing escolheram a via do lucro em vez da verdade ao esconderem materiais relativos ao funcionamento do modelo 737 Max tentando igualmente esconder o logro. Esta resolução torna a Boeing responsável pela conduta criminosa dos seus funcionários, avalia o impacto financeiro sobre os clientes da Boeing e, esperamos, oferece alguma indemnização às famílias e beneficiários das vítimas".
O diretor executivo da Boeing reagiu à decisão da justiça norte-americana.
Numa declaração, David Calhoun, afirmou "acredito firmemente que esta resolução é a decisão correta para nós, um passo que reconhece como não estivemos à altura dos nossos valores e expectativas".
O Boeing 737 Max entrou ao serviço em 2017 e os desastres aéreos ocorreram em 2018 e 2019.