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Como está o setor da saúde a preparar-se para a transformação digital?

Publicado 29.09.2022, 18:00
Atualizado 29.09.2022, 18:10
Como está o setor da saúde a preparar-se para a transformação digital?

O futuro Espaço Europeu de Dados de Saúde abrirá caminho para a era digital de partilha de dados. Como é que o setor da saúde está a preparar esta revolução? Quais são os principais desafios num mercado historicamente fragmentado, como o da Europa? Fomos descobrir mais sobre o tema com os intervenientes do setor neste episódio de "Smart Health".

A tecnologia desempenha diariamente um papel central nas atividades médicas, no entanto, a indústria da saúde tem de lidar com uma realidade fragmentada na Europa, especialmente quanto às regras e normas. A consequência? Uma capacidade limitada de funcionar como num mercado único.

A organização Integrating the Healthcare Enterprise (IHE) pretende ajudar o setor da saúde a ligar melhor o mercado. Eles fornecem especificações que permitem aos profissionais, à indústria e aos pacientes partilharem informações entre si.

O principal objctivo da IHE não é desenvolver normas de base, mas sim normalizar a adoção das normas mais comuns utilizadas nos cuidados de saúde.

Evento Connectathon reuniu diferentes intervenientes do setor da saúde

Em Montreux, na Suíça, um evento internacional chamado Connectathon reuniu diferentes intervenientes do setor da saúde para discutir os desafios comuns e testar os seus produtos de saúde. A sua experiência está também a ser tida em conta para a implementação do futuro Espaço Europeu de Dados de Saúde.

Lapo Bertin, estrategista global de interoperabilidade de produtos, na empresa Dedalus, falou sobre a importância da interoperabilidade, que é a capacidade de um sistema para interagir e comunicar com outro.

“A indústria, através dos seus produtos, funciona como uma ponte entre a legislação e os utilizadores de dados clínicos, sejam eles pacientes ou médicos. A sinergia surge quando as instituições adotam quadros de interoperabilidade, baseados em normas internacionais”, explicou Lapo Bertin.

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Sistemas de saúde europeus enfrentam vários desafios

Os nossos sistemas de saúde enfrentam vários desafios. Por exemplo, um doente que se submeta, com regularidade, a exames cardíacos, enfrenta um problema porque, muitas vezes, os resultados não são partilhados entre os diferentes estabelecimentos de saúde.

A IHE propõe então uma parceria entre utilizadores, fornecedores e os estabelecimentos de saúde para estabelecer protocolos que explicam como é que os dados de saúde devem ser partilhados. Contudo, a criação de tal arquitetura de interligação é uma tarefa complexa.

Vejamos então como funciona, graças à explicação de um perito suíço em Ciber-Saúde, Stéphane Spahni.

“Existem vários desafios. O primeiro é estabelecer uma base legal que permita esta troca, esta partilha de documentos para que o paciente possa controlar quem terá acesso aos mesmos. Depois, existem questões técnicas: saber como é que os diferentes sistemas irão dialogar uns com os outros e é aqui que a IHE desempenha um papel importante, ao fornecer as normas que permitem esta interoperabilidade”, referiu.

Na saúde digital, as normas e a interoperabilidade são fundamentais para o bom funcionamento do sistema e a prestação de cuidados de qualidade aos doentes.

As normas são um conjunto de regas que permitem a comunicação entre os sistemas de saúde. As principais são: a semântica, que ajuda a estabelecer um vocabulário comum e a sintática, que facilita o estabelecimento de uma gramática comum. Já a interoperabilidade significa um intercâmbio de dados de uma forma coordenada.

Evento suíço Connectathon: um local para testar a troca entre sistemas

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No evento suíço Connectathon, dezenas de produtos médicos e softwares são testados por peritos da IHE para verificar se correspondem aos protocolos estabelecidos em vários setores, tais como a radiologia, cardiologia, coordenação de cuidados dos pacientes e laboratório, por exemplo.

Os editores de software que participam neste evento têm como objetivo testar as trocas entre o seu sistema e outros softwares, que são baseados em casos de utilizaçã o real. Quando se trata de como autorizar o acesso aos dados de saúde dos pacientes, os peritos informáticos prevêem uma opção caso a caso.

"Podemos imaginar que o consentimento será por defeito e depois caberá ao paciente decidir que profissional terá acesso a que dados. Pode especificar-se os profissionais de saúde, a categoria específica dos profissionais de saúde ou os casos concretos em que se pode aceder aos dados. Por exemplo, não quero que acedam aos meus dados, excepto se for admitido nas urgências. Eles precisam deles para me tratar", disse Anne-Gaëlle Berg, responsável pelo IHE Europa.

O Espaço Europeu de Dados de Saúde irá dar um novo impulso à transformação digital dos sistemas de saúde e, nesse novo cenário, a partilha de dados com as empresas de saúde digitais ajudará a fornecer soluções de saúde mais centradas nos pacientes.

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