Ao defender uma reabertura gradual das fronteiras, a União Europeia tenta salvar milhões de postos de trabalho e uma indústria que é vital para o bloco.
Entre os 27, a indústria do turismo reúne mais de dois milhões de empresas, representa mais de 10% do PIB e mais de 27 milhões de empregos.
E o setor nunca foi tão atingido como com a atual crise do coronavírus.
Segundo estimativas da Associação Europeia dos Agentes de Viagens e Operadores Turísticos, a pandemia pode causar uma perda de 30 mil milhões de euros no primeiro trimestre de 2020 e de 46 mil milhões de euros no segundo trimestre, em comparação com o volume de negócios previsto com base nos anos anteriores.
Estas perdas traduzem-se em reduções de postos de trabalho.
Numa crise sem precedentes, o grupo alemão Tui anunciou que vai cortar oito mil postos de trabalho. A Brussels Airlines vai reduzir a sua frota, os destinos e um quarto dos trabalhadores.
Com grande parte da indústria aérea europeia parada, as principais companhias aéreas europeias afirmaram que não tiveram alternativa a cortar dezenas de milhares de empregos.
A última análise da Associação Internacional de Transportes Aéreos mostra que os danos causados às viagens pela COVID-19 vão continuar nos próximos tempos e que viagens de longo curso são as mais atingidas.