O tempo na rota da Lufthansa (DE:LHAG) é de incerteza. A companhia aérea alemã poderá ter que dispensar 22 mil trabalhadores e não dez mil, como se esperava, além de suprimir cerca de 100 aviões, face à crise no setor da aviação, originada pela Covid-19.
Para minimizar o impacto da reestruturação, a transportadora diz querer avançar com acordos amigáveis ou oferecer propostas de trabalho em tempo parcial.
Num buraco económico-financeiro, a Lufthansa recebeu de Bruxelas autorização para levantar voo para uma ajuda estatal de 9 mil milhões de euros sob certas condições, como a cedência, para os rivais, dos direitos de descolagem e aterragem nos aeroportos de Munique e Frankfurt.
Em troca, também, o Estado alemão tornar-se-á acionista maioritário.
Desfeito em definitivo estará também o plano da companhia aérea alemã, juntamente com a United, para controlar a portuguesa TAP, com a compra de 45% do capital social, detido pelo consórcio Agrupamento Gateway do magnata norte-americano-brasileiro, David Neeleman, e o empresário português Humberto Pedrosa.
TAP que também obteve autorização da Comissão Europeia para receber ajudas no valor de 1,2 mil milhões de euros. Aliás, Bruxelas não se tem oposto aos auxílios estatais a companhias aéreas europeias, como é o caso da finlandesa Finnair, que vai ser recapitalizada em pelo menos 286 milhões de euros.