(Acrescenta detalhes, citação do Primeiro-Ministro)
Por Catarina Demony e Victoria Waldersee
LISBOA, 3 Dez (Reuters) - Portugal anunciou na quinta-feira planos para vacinar pessoas contra o coronavírus voluntariamente e gratuitamente, e disse que esperava inocular quase 10% da população durante a primeira fase que começará no próximo mês.
Será dada prioridade às pessoas com mais de 50 anos com condições pré-existentes, tais como doenças coronárias ou problemas pulmonares, profissionais da linha da frente de sectores como a saúde, militares e segurança, bem como pessoas em lares e unidades de cuidados intensivos.
A primeira fase deverá ser concluída entre Janeiro e Fevereiro, disse Francisco Ramos, o coordenador da task force de vacinação do governo. Ele também disse que a primeira fase poderia prolongar-se até Abril, caso houvesse atrasos.
As vacinas serão administradas em 1.200 pontos de vacinação em centros de saúde de todo o país.
"Já podemos ver a luz ao fundo do túnel, mas nem todas as vacinas chegam no primeiro dia... chegarão gradualmente ao longo do ano", disse o primeiro-ministro, António Costa.
Outros 2,7 milhões de pessoas serão vacinadas durante a segunda fase do plano, incluindo as que têm 65 anos ou mais, e espera-se que o resto da população seja vacinada durante uma terceira fase.
A Ministra da Saúde Marta Temido disse que o país comprará 22 milhões de doses de vacinas COVID-19 por 200 milhões de euros (243,14 milhões de dólares). Tinha assinado acordos de compra das vacinas com os potenciais fabricantes CureVac CVAC.O , Pfizer-BioNTech PFE.N , Moderna MRNA.O , Johnson&Johnson JNJ.N , Sanofi SASY.PA e GSK GSK.L .
A unidade portuguesa da Pfizer disse na quarta-feira que poderia distribuir a sua vacina três dias depois de a agência de medicamentos da União Europeia ter dado luz verde.
Portugal, com uma população de cerca de 10 milhões de pessoas, registou 307.618 casos de coronavírus, com 4.724 mortes.
Após uma primeira vaga relativamente suave da doença em comparação com países como Espanha ou Itália, Portugal sofreu um número recorde de infecções e mortes durante a segunda vaga nas últimas semanas.
Texto integral em inglês: (Por Lisbon Bureau, Escrito por Catarina Demony, Editado por Andrei Khalip e Jane Merriman; Traduzido para português por Patrícia Vicente Rua)