MILÃO, 4 Dez (Reuters) - Portugal juntou-se aos países da União Europeia condenando na sexta-feira a Polónia e a Hungria por atrasarem o pacote de recuperação da crise do coronavírus do bloco numa disputa sobre a ligação entre o desembolso dos fundos e as disposições do Estado de direito.
"É inaceitável que dois estados membros possam bloquear uma decisão que é muito importante e decisiva para toda a União Europeia e para a recuperação da Europa, e sobre tal argumento", disse o Ministro dos Negócios Estrangeiros português Augusto Santos Silva numa conferência online em Roma.
"O Estado de direito é um dos valores e princípios básicos da União Europeia".
A Hungria e a Polónia bloquearam durante semanas a libertação de fundos no valor total de 1,85 milhões de milhões de euros (2,25 milhões de milhões de dólares) do orçamento da UE para sete anos e de um fundo de desenvolvimento pós-COVID. Opõem-se à tentativa do bloco de condicionar os fundos ao respeito pelo Estado de direito e pelas normas democráticas. Texto integral em inglês: James Mackenzie; editado por Angelo Amante, Traduzido para português por Patrícia Vicente Rua)