LISBOA, 12 Jan (Reuters) - Os negócios na região do Algarve, dependente do turismo, lucraram menos 800 milhões de euros (970 milhões de dólares) em 2020 do que no ano anterior, uma queda de 65%, já que o coronavírus manteve os visitantes longe das suas praias e campos de golfe e eliminou milhares de empregos.
"Em 2020, o Algarve teve o pior ano turístico de sempre, tanto em termos de ocupação como em termos de resultados económicos e empresariais", afirmou esta terça-feira a associação hoteleira AHETA em comunicado.
As estadias em hotéis caíram 75% e a ocupação foi de 28%, a mais baixa alguma vez registada, face a 63% em 2019.
Os visitantes britânicos são a principal fonte de turistas estrangeiros do Algarve e em 2019 injectaram cerca de 3,2 mil milhões de euros na economia portuguesa. Em 2020, apenas 433.000 visitaram a região, 1,1 milhão a menos que no ano anterior. AHETA disse que a indústria do turismo na região não sobreviverá a menos que o governo ajude as empresas com urgência, para permitir que "mantenham níveis competitivos na fase de recuperação".
Em Novembro, o número de desempregados registados no Algarve aumentou 67% face ao ano anterior.
Texto original em inglês: (Reportagem de Catarina Demony, Traduzido para português por João Manuel Maurício, Gdansk Newsroom; Editado por Patrícia Vicente Rua em Lisboa)