No ano passado, a Itália foi considerada o oitavo país em termos de atratividade para turistas pelo Fórum Económico Mundial.
Por estes dias, alguns dos pontos mais turísticos, como a praça em frente à Catedral de Milão, estão desertos.
O vice-presidente da associação hoteleira italiana, Federalberghi, dá conta do impacto negativo que o surto do novo coronavírus está a ter no turismo transalpino. "Desde sexta-feira que há cada vez mais reservas de hotéis canceladas para a Páscoa e para os próximos meses. Os novos casos na Lombardia e em Veneto e reações nos media internacionais significaram cancelamentos mesmo até junho, para todo o território nacional, mas especialmente para o norte do país", realça Giuseppe Roscioli.
O surto do novo coronavírus cancelou viagens e adiou eventos importantes. "Foi decidido que o Salão do Móvel, um dos mais importantes eventos em Milão, vai ser adiado do final de abril para junho. O Salão do Móvel cria 60 mil empregos temporários", destaca a correspondente da Euronews em Milão, Marta Brambilla.
O ministro italiano do Desporto, Vicenzo Spadafora, decretou a proibição da realização de eventos desportivos em seis regiões no norte de Itália, mas espera que a medida possa ser alterada em breve. "Vamos monitorizar a situação diariamente, de forma a que um possível prolongamento das medidas atualmente em vigor possa ser tomado antes de 1 de março. No entanto, eu espero que a situação esteja em breve sob controlo e que possamos restringir as áreas, delimitando áreas mais pequenas do que as seis regiões", desejou.
Em Roma há turistas, embora muitos não escondam o receio do novo coronavírus e recorram a máscaras.