Por Claudia Violante
SÃO PAULO, 3 Abr (Reuters) - O dólar trabalhava com leve baixa sobre o real nesta segunda-feira, seguindo o mercado externo, mas sem tirar a atenção sobre o cenário político doméstico ainda sensível.
Às 10:36, o dólar BRBY recuava 0,63 por cento, a 3,1113 reais na venda, depois de ter fechado março a 3,1311 reais. O dólar futuro DOLc1 exibia baixa de 0,30 por cento. um nervosismo com o político local, mas nada de muito concreto ainda. Então, há espaço para o dólar olhar outras coisas, como o avanço (nos preços) de commodities", comentou o profissional de uma corretora nacional.
No exterior, o dólar recuava frente a algumas moedas de países emergentes, como o peso chileno CLP= . Os preços do petróleo tinham leve alta nesta manhã, com a recuperação na produção da Líbia durante o fim de semana limitando ganhos motivados por dados positivos da economia da Ásia, que apontam para forte demanda por energia na região. cenário político interno, o mercado aguardava o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começar a julgar uma das ações que pedem a cassação da chapa eleita em 2014 para a Presidência da República formada por Dilma Rousseff e Michel Temer, julgamento que em seu resultado mais crítico pode provocar um segundo afastamento do chefe do Poder Executivo em quase um ano. julgada nesta terça-feira a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), proposta em 2014 pelo PSDB, sob a alegação de que a chapa vencedora teria cometido abuso do poder político e econômico.
O temor era de que o governo Temer fique ainda mais refém de negociações políticas para aprovar no Congresso Nacional a votação de importantes reformas, sobretudo a da Previdência, considerada essencial para colocar as contas públicas do país em ordem.
O Banco Central não anunciou qualquer intervenção no mercado de câmbio, por enquanto. Em março, fez apenas rolagem parcial do vencimento de abril de swap cambial tradicional --equivalente à venda futura de dólares. Em maio, vencem o equivalente a 6,389 bilhões de dólares em swaps e o mercado se questionava como o BC vai proceder. (Wedição de Patrícia Duarte)