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CÂMBIO-Dólar se afasta de máximas e mostra volatilidade de olho em exterior e noticiário fiscal doméstico

Publicado 24.09.2020, 16:08
Atualizado 24.09.2020, 16:12

(Texto atualizado com mais informações)

Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO, 24 Set (Reuters) - O dólar apresentava volatilidade nesta quinta-feira, deixando para trás os picos do dia depois de ter alcançado seu nível mais alto em um mês, com temores globais sobre um salto nos casos de Covid-19 e riscos fiscais locais abalando os nervos dos investidores.

Na máxima, alcançada por volta de 10h45, a cotação foi a 5,625 reais, alta de 0,67%, mas passou a perder força depois de o Tesouro Nacional anunciar os volumes dos lotes de títulos públicos para leilão de venda nesta quinta-feira.

O Tesouro reduziu a oferta de LFT (título com rentabilidade atrelada à Selic) para 100 mil papéis, ante 500 mil de operações recentes, e elevou a disponibilidade de NTN-F --ativo com tradicional demanda de estrangeiros-- de curto prazo.

No geral, o ajuste feito pelo Tesouro foi elogiado, depois de leilões recentes em que os volumes e disposição dos lotes causaram instabilidade no mercado de renda fixa, o que acabou contaminando o câmbio, tendo de pano de fundo temores sobre a sustentabilidade fiscal do país.

Às 11h58, o dólar BRBY recuava 0,08%, a 5,5831 reais na venda. Na mínima do dia, atingida por volta de 11h20, a cotação caiu 0,51%, a 5,5591 reais.

O contrato mais líquido de dólar futuro DOLc1 caía 0,20%, a 5,5805 reais, após alcançar 5,6240 reais, maior patamar intradia desde 26 de agosto.

"O ponto-chave é que existe muita volatilidade derivada de um nível de incerteza grande", disse à Reuters Flávio Serrano, economista-chefe do Banco Haitong, citando um arrefecimento no movimento de compra de dólares nesta manhã depois da disparada registrada na véspera, mas destacando que "ainda há um sentimento de cautela tanto doméstica quanto internacional em meio a risco de uma segunda onda de Covid".

Na última sessão, o dólar à vista BRBY saltou 2,18%, a 5,5876 reais na venda. O movimento foi reflexo da aversão a risco generalizada nos mercados internacionais após uma aceleração na disseminação do coronavírus levar à adoção de novas medidas de restrição no Reino Unido, gerando temores de que mais economias importantes voltem a limitar sua atividade diante do avanço da pandemia.

Nesta quinta-feira, o índice que acompanha a moeda norte-americana contra seis pares de países ricos =USD bateu máximas em dois meses. Divisas arriscadas cujo movimento o real tende a acompanhar, como peso mexicano MXN= , rand sul-africano ZAR= , dólar australiano AUD= e lira turca TRY= , apresentavam desempenho misto.

Enquanto isso, no Brasil, analistas continuavam citando riscos fiscais e incertezas políticas e econômicas como fator de pressão para o real, que segue na posição de moeda com pior desempenho no ano entre uma cesta de mais de 30 pares da divisa norte-americana.

Em cinco pregões seguidos, contando este, o dólar acumula salto de cerca de 6,7% contra a divisa brasileira, valorizando-se quase 35 centavos de real desde que fechou em 5,2319 reais na última quinta-feira.

"A rapidez na valorização reflete o risco exterior, e com o risco fiscal local tudo é exacerbado", disse Serrano.

O principal temor dos investidores domésticos gira em torno do teto de gastos, já que há dúvidas sobre como o governo Jair Bolsonaro financiaria um programa de assistência social sem estressar as contas públicas.

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), afirmou na quarta-feira que a gestão irá manter o teto de gastos e o rigor fiscal e que não haverá propostas para aumentar carga tributária. quinta-feira, o Banco Central do Brasil fez referência à regra do teto de gastos em seu Relatório Trimestral de Inflação (RTI), reiterando que há pouco ou nenhum espaço para cortar a Selic à frente, com alta dos juros básicos sendo descartada desde que mantido o quadro para a inflação e para a disciplina das contas públicas. (Edição de Camila Moreira e José de Castro)

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