LISBOA, 29 Dez (Reuters) - O índice accionista português PSI20 .PSI20 desce 0,1 pct, penalizado principalmente pelo Millennium bcp BCP.LS , que recua para um novo mínimo recorde, num contexto de pressão e incerteza sobre o banco italiano Monte Paschi, segundo dealers.
* O PSI20 segue nos 4.650 pontos, encaminhando-se para uma descida de cerca de 12 pct no conjunto de 2016.
* O BCP perde 1,25 pct, tendo tocado um novo mínimo histórico nos 1,02 euros. As acções têm sido penalizadas pela debilidade do sector europeu, menor interesse institucional antes do fim de ano e receios de que possa ainda precisar de capital.
* O índice para a banca na Europa .SX7P cai 0,8 pct. O Monte dei Paschi continua no centro das atenções, tendo as acções suspensas após o Banco Central Europeu anunciar que o banco italiano tem de preencher um défice de capital de 8.800 milhões de euros (ME), bem mais que os 5.000 ME antes estimados.
O Governo italiano poderá ter de intervir para ajudar a injectar capital. Esta manhã, numa entrevista ao diário italiano Il Sole Ore 24 Ore, o ministro da economia de Itália disse que os planos para salvar o Monte dei Paschi vão deixar o banco 'hiper-capitalizado', mas não 'sobre-capitalizado'. A Galp Energia GALP.LS recua 0,3 pct, os CTT CTT.LS descem 0,4 pct, a Sonae YSO.LS 0,2 pct e a Pharol PHRA.LS contrai 0,9 pct.
* Do lado dos ganhos, a Jerónimo Martins JMT.LS sobe 0,3 pct, a EDP (SA:ENBR3) EDP.LS 0,2 pct e a REN RENE.LS 0,3 pct. A Corticeira Amorim CORA.LS valoriza 0,5 pct.
* O europeu STOXX 600 .STOXX perde 0,3 pct, recuando após duas sessões de ganhos, seguindo a tendência negativa de Wall Street e dos mercados asiáticos.
* Nos Estados Unidos, os contratos de compra de casas usadas caíram para o nível mais baixo em quase um ano em Novembro, sinalizando que as subidas de taxas de juro poderão estar a começar a penalizar o mercado imobiliário.
* A Toshiba caiu cerca de 17 pct, a terceira sessão de fortes quedas relacionadas com o potencial reconhecimento de grandes perdas com derrapagens de custos no negócio nuclear. (Por Daniel Alvarenga)