LISBOA, 27 Jan (Reuters) - O índice accionista PSI20 .PSI20 perde 0,6 pct, com 13 das 18 cotadas em queda, em sintonia com as praças europeias decepcionadas com os fracos resultados do banco suíço UBS, enquanto se aguarda pela reunião do presidente dos EUA com a primeira-ministra britânica e importantes dados macro.
* Theresa May encontra-se hoje com o novo presidente dos EUA, Donald Trump, neste que é o primeiro encontro de um líder de um país estrangeiro com Trump desde que o republicano foi empossado, na semana passada.
* As acções europeias seguem em queda e o índice STOXX 600 .STOXX recua 0,5 pct, com praticamente todos os sectores no 'vermelho', à excepção do sector do retalho .SXRP que soma 0,9 pct, com a britânica Tesco (LON:TSCO) a disparar 9 pct após ter acordado uma aquisição de 3.700 milhões de libras.
* Destaque para a UBS UBSG.S a pressionar em baixa as acções dos bancos depois de registar uma queda no lucro anual. O
maior gestor de riqueza do mundo registou uma descida de 47 pct no lucro de 2016, mas apresentou um tom mais optimista para 2017.
* Apesar de um início de negociação mais fraco na sexta-feira, o STOXX 600 permanece no caminho certo para terminar a semana com um ganho de cerca de 1 pct.
* Na praça portuguesa, o PSI20 está a ser pressionado pela queda de 1,84 pct das acções do Millennium bcp BCP.LS e de 3,7 pct dos direitos de subscrição relativos ao aumento de capital BCp_r.LS .
* Pressão adicional dos CTT CTT.LS e Sonae YSO.LS a caírem 1 pct, da EDPR EDPR.LS a descer 1,1 pct, a Galp Energia GALP.LS perde 0,75 pct e a EDP (SA:ENBR3) EDP.LS resvala uns ligeiros 0,04 pct.
* A Jerónimo Martins JMT.LS recua 0,7 pct, após ter sido alvo de um 'downgrade' do Natixis, que cortou a recomendação da retalhista para 'Reduce' de 'Buy' e o preço-alvo para 14 euros de 14,5 euros antes.
* Navigator NVGR.LS e Semapa SEM.LS , que ontem brilharam com valorizações de 3,84 pct e 3,21 pct, seguem a cair 0,7 pct e 0,4 pct.
* O BPI BBPI.LS segue estável em 1,132 euros. Após o fecho de ontem o BPI, que é o alvo de um 'takeover' do espanhol Caixabank CABK.MC , anunciou que o seu lucro disparou 32,5 pct em 2016, suportado no robusto aumento da margem financeira e na descida das imparidades de crédito malparado. nível consolidado, o lucro situou-se em 313,2 milhões de euros (ME) em 2016. A actividade doméstica teve um contributo de 147 ME para o resultado, mais 58 pct que em 2015; enquanto a área internacional, na qual se destaca o Banco de Fomento Angola (BFA), contribuiu com 166,3 ME, mais 23 ME que em 2015.
* A 'yield' das Obrigações do Tesouro portuguesas a 10 anos seguem estáveis em 4,14 pct, em linha com as pares italiana e espanhola, após terem subido aos 4,19 pct esta manhã.
Os juros soberanos chegaram a agravar ontem 20 pontos base, com a aposta que o presidente dos EUA avançará com uma política orçamental expansionista, que criará tensões inflacionistas. Adicionalmente a agência de notação Fitch disse que a banca de Portugal, que é das mais vulneráveis da Europa, vai manter o pesado 'fardo' de activos problemáticos até ao final de 2017. A Fitch frisou que vê o sector numa encruzilhada e como factor-chave para o risco soberano. Atenções voltadas para os EUA, onde serão divulgados os dados do PIB no quarto trimestre, bem como as encomendas de bens duradouros em Dezembro e o sentimento dos consumidores, medido pelo índice da Universidade do Michigan, referente a Janeiro.
(Por Patrícia Vicente Rua; Editado por Sérgio Gonçalves)