LISBOA, 4 Out (Reuters) - O índice accionista português PSI20 .PSI20 subiu 0,8 pct, apoiado nos ganhos do sector do retalho e da Galp Energia GALP.LS , num dia marcado pela depreciação da libra para um mínimo de 31 anos face ao dólar, segundo dealers.
* O índice português subiu para os 4.635,7 pontos, acompanhando o ganho de 1,04 pct do europeu Stoxx 600 .STOXX .
* A Jerónimo Martins JMT.LS ganhou 1,43 pct e a Sonae YSO.LS subiu 3,62 pct.
* Também a apoiar, a Galp Energia GALP.LS avançou 1,97 pct. O BPI disse hoje que a petrolífera beneficiaria com a eventual aprovação, pelos deputados brasileiros numa votação esta tarde, do fim dos direitos de preferência da Petrobras PETR4.SA na exploração de petróleo como operadora, e da eliminação da obrigação de ter uma participação mínima de 30 pct em todos consórcios. A telecom NOS NOS.LS somou 1,79 pct e a Semapa SEM.LS avançou 4,15 pct.
O Caixa BI aumentou o preço-alvo da Semapa 8 pct, salientando que vê a participada Navigator NVGR.LS a gerar receitas fortes e apresentar uma política robusta de dividendos, o que permitirá a desalavancagem da casa-mãe. Navigator valorizou 1,39 pct.
* Do lado das quedas, a EDP (SA:ENBR3) Renováveis EDPR.LS recuou 0,57 pct e a EDP EDP.LS 0,75 pct, continuando penalizadas pelo receio dos investidores de um alargamento da Contribuição Extraordinária do Sector Energético para incluir as renováveis em 2017. A Libra deprecia 0,9 pct face ao dólar para 1,27 dólares, tendo tocado num mínimo de 31 anos. Há um ano atrás este 'fixing' estava em 1,54 dólares.
A pressão surge no seguimento do anúncio pela primeira-ministra britânica Theresa May, que o Reino Unido vai accionar formalmente a cláusula de saída da União Europeia em Março.
Os analistas questionam até que ponto o acesso do Reino Unido ao mercado único europeu será severamente afectado e se a libra continuará sob pressão nas próximas semanas e meses.
A bolsa londrina .FTSE subiu 1,3 pct, com os investidores a apostarem que as exportadoras vão beneficiar da depreciação da libra e que algumas cotadas se tornam cada vez mais alvos apetecíveis de 'takeover' por empresas de fora.
* As acções do Deutsche Bank estabilizaram, avançando 1,51 pct, depois do CEO do JP Morgan, Jamie Dimon, ter dito que não vê razões para o banco alemão não ultrapassar os seus problemas.
Os analistas do HSBC disseram que apesar das dificuldades operacionais, os receios quanto à solvabilidade do Deutsche Bank são exagerados e o banco está equipado para lidar com a pressão no curto prazo. (Por Daniel Alvarenga; Editado por Sérgio Gonçalves)