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ACÇÕES PORTUGAL-PSI20 fecha cair em contraciclo Europa, juros soberanos agravam

Publicado 06.01.2017, 17:03
Atualizado 06.01.2017, 17:10
ACÇÕES PORTUGAL-PSI20 fecha cair em contraciclo Europa, juros soberanos agravam
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LISBOA, 6 Jan (Reuters) - O índice accionista português PSI20 .PSI20 fechou a cair 0,39 pct, pressionado pelas quedas da telecom NOS, do BCP e da família EDP (SA:ENBR3), em contraciclo com as pares europeias e norte-americanas que aplaudiram os dados do empregos nos EUA, enquanto os juros da dívida soberana voltaram a agravar, segundo traders.

* A EDP EDP.LS caiu 1,96 pct e a subsidiária eólica EDPR EDPR.LS descer 1,23 pct, acompanhando a queda do sector europeu para as utilities.

* O BCP BCP.LS desceu 1,2 pct e a NOS NOS.LS recuou 2,03 pct e a Semapa SEM.LS caiu 1,86 pct. Sonae YSO.LS , Corticeira Amorim CORA.LS e Sonae Capital SONAC.LS perderam entre 0,7 e 0,8 pct.

* Em sentido contrário as acções da Pharol PHRA.LS somaram 1,32 pct, as da Galp Energia GALP.LS 0,56 pct, a Jerónimo Martins JMT.LS subiram 1,35 pct e as dos CTT CTT.LS valorizaram 0,84 pct.

* O Barclays (LON:BARC) subiu o preço-alvo que atribui aos CTT para 8,2 euros, de 8 euros antes, incorporando a expectativa de elevada geração de caixa, mas alertou que o objectivo do BancoCTT de atingir o 'breakeven' em 2018 será difícil de alcançar e que o negócio de logística em Espanha permanece um problema. O BPI BBPI.LS fechou estável em 1,13 euros. O Caixa Banco de Investimento referiu numa nota de research que o BPI eliminará o problema da ultrapassagem do limite dos grandes riscos referente a exposição a Angola com a venda ontem de 2 pct do Banco de Fomento Angola (BFA) à telecom angolana Unitel.

O banco anunciou ontem que concretizou a transmissão para a Unitel de uma participação de 2 pct no Banco Fomento Angola, cedendo o controlo deste banco à telecom angolana. L5N1EV509

* As bolsas europeias inverteram das quedas registadas durante grande parte da sessão, à boleia dos ganhos em Wall Street, espelhando os números da criação de emprego nos EUA.

* A economia norte-americana criou em Dezembro 156.000 novos empregos nos sectores não agrícolas, abaixo dos 178.000 esperados pelos analistas e muito abaixo dos 204.000 registados no mês anterior. No entanto, estes dados mostraram também uma robusta subida dos salários, reforçando a probabilidade da Reserva Federal (Fed) apertar mais a política monetária em 2017.

* O índice pan-europeu STOXX 600 .STOXX fechou a descer 0,06 pct, pressionado pelas quedas de 1,06 pct dos recursos naturais .SXPP , de 0,5 pct das 'utilities' e farmaceuticas .SX6P .SXDP . Em alta, destacou-se a banca .SX7P e as fabricantes automóveis .SXAP com subidas de 0,4 pct e 0,3 pct.

* Nos EUA, os índices seguem igualmente em alta, tendo o tecnológico Nasdaq .IXIC fixado um máximo recorde intradiário.

* O euro EUR= deprecia-se 0,4 pct para 1,0558 dólares, com a divisa norte-americana a ser apoiada pelos números do emprego.

YIELDS AGRAVAM

A 'yield' das Obrigações portuguesas a 10 anos acelerou a subida, agravando cinco pontos base para 4,09 pct, após ter atingido o máximo desde Fevereiro último em 4,103 pct, espelhando a probabilidade do Fed apertar mais a política monetária em 2017, após os dados do emprego.

"Isto é uma questão associada à conjuntura global. A vitória de Trump nas Presidenciais acelerou as expectativas de inflação, de expansão orçamental nos EUA e, obviamente, um ajustamento do que foi a política monetária até aqui", disse Steven Santos, corretor do BiG-Banco de Investimento Global.

"Os dados do emprego do mês anterior foram revistos em alta e o rendimento salarial por hora 'encantou', o dólar recuperou o lugar de destaque que tem vindo a ter em várias carteiras dos investidores e a hipótese de três subidas de taxas em 2017 ganha tracção".

Os 'yields' dos soberanos da zona euro agravaram no geral na zona euro após estes números.

Ontem, os 'yields' 'benchmark' de Portugal já tinham subido 12 pontos base para acima da fasquia dos 4 pct, com os receios crescente que o BCE possa reverter o Quantitative Easing (QE) mais cedo, num contexto de mais inflação, diminuindo o apoio à dívida portuguesa. (Por Patrícia Vicente Rua; Editado por Daniel Alvarenga)

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