Investing.com - A bolsa de Lisboa inverteu a tendência negativa do início da sessão e terminou a jornada em alta, a brilhar com um dos melhores desempenhos entre as praças europeias de referência, em zona mista.
As valorizações registadas no setor da banca determinaram os ganhos de 1,12% do PSI20. O principal índice da praça lisboeta encerrou a sessão nos 6.025,75 pontos, com 16 cotadas em alta, três em baixa e uma inalterada. Isto no dia em o Instituto Nacional de Estatística revelou que o défice comercial se agravou novamente.
Por cá, o BES liderou os ganhos, com uma subida de 5,21% para cotar nos 0,969 euros. A acompanhar a tendência da congénere esteve o BCP, a somar 4,12% para 0,101 euros. Os títulos do BPI avançaram 3,94% para 1,081 euros. Só o ESFG travou o otimismo, regredindo 0,38% para 5,2 euros. O BANIF manteve-se sem variação nos 0,01 euros.
Os investidores parecem ter desvalorizado os alertas do Fundo Monetário Internacional, que lembrou que considerando que o clima económico e financeiro não melhora, os bancos portugueses poderão deparar-se nos próximos dois anos com 20 mil milhões de euros de perdas por causa crédito malparado nas empresas.
A puxar pelo mercado nacional esteve ainda o setor das telecomunicações, que corrigiu a tendência negativa do início da sessão. O peso pesado Portugal Telecom somou 2,71% para 3,49 euros, mas foram as ações da Sonaecom que mais apreciaram, a valer 2,25 euros resultado de um ganho de 2,93%. Os papéis da Zon Optimus valorizaram 0,74% para 4,75 euros.
A GALP foi a protagonista do setor energético. As ações da petrolífera avançaram 0,53% para 12,29 euros. A subsidiária EDP fechou a jornada ligeiramente acima da linha de água, a somar 0,03% para 3,792 euros, mas a casa mãe manteve as quedas. Terminou nos 2,468 euros a regredir 2,14%. A elétrica tem vindo a refletir assim o anúncio do Governo, da criação de uma taxa extraordinária com vista a diminuir as rendas pagas aos produtores de energia.
A impedir maiores ganhos esteve também a Jerónimo Martins, a regredir 0,96% para 13,865 euros.
Lá fora, os investidores continuam a exprimir a pressão exercida pelo impasse orçamental e sobre o aumento do teto da dívida, que mantém bem viva a possibilidade de incumprimento dos Estados Unidos. À falta de entendimento entre democratas e republicanos, o “shutdown” mantém-se, pelo oitavo dia.
No velho continente, a tendência foi mista. O índice Eurostoxx 50 contrariou a tónica negativa com uma subida ligeira de 0,05% para 2.904,73 pontos. A par de Lisboa, Madrid avançou 1,29% e Itália 0,97%.
Na Alemanha, pelo contrário, o DAX recuou 0,46%, bem próximo da queda de 0,44% do FTSE londrino. Em França, o CAC cedeu 0,16%.
Do lado de lá do Atlântico, Wall Street acordou em alta animado pela nomeação de Janet Yellen assumir a presidência da Reserva Federal dos Estados Unidos. Barack Obama deverá anunciar a escolha num evento que decorrerá ao fim da tarde na Casa Branca e que contará com a presença de Ben Bernanke, o atual líder da FED.
A caminho desse momento, os principais índices bolsistas negociavam em zona mista com o Dow Jones a avançar 0,02% e o tecnológico Nasdaq a ceder 0,77%. O S&P depreciava 0,12%.