Bolsa de Lisboa recua mais de 1% pressionada pela Jerónimo Martins

Investing.com - O dia começou no "vermelho" para a bolsa Lisboa, com o principal índice da praça portuguesa a iniciar a sessão a desvalorizar 1,06%, para os 5.732,27 pontos.

As ações da Jerónimo Martins eram as que mais castigavam o PSI 20, acompanhadas pelos títulos do Banif. À medida que a sessão avançava consolidavam-se as perdas em Lisboa para os 1,34%, com seis cotadas em alta, 12 em baixa e duas inalteradas.

A proprietária dos supermercados Pingo Doce apresentou esta quarta-feira resultados que ficaram abaixo das expectativas dos analistas. Os lucros da Jerónimo Martins aumentaram 9% no primeiro semestre do ano, atingindo os 165 milhões de euros, sobretudo graças à solidez dos mercados português e polaco. As ações da empresa cediam 5,93% para os 14,75 euros.

O Banif protagonizava o tombo da jornada, com uma queda de mais de 70,21% para os 0,014 euros por título. Isto no dia em que as novas ações resultantes do aumento de capital foram admitidas à negociação.

Ainda no setor da banca, os papéis do BCP e BPI regrediam 2,08% e 1,05% para os 0,094 euros e 0,985 euros respetivamente. As ações do BES eram as únicas a negociar em terreno positivo com uma valorização de 0,27% para 0,73 euros.

Ainda em destaque pela negativa estavam os pesos pesados Mota-Engil, a recuar 1,61% para os 2,69 euros e a petrolífera Galp a desvalorizar 1,08% para os 11,96 euros por ação.

Os títulos da EDP avançavam 0,11% para os 2,645 euros, mas no caso da subsidiária EDP Renováveis registavam uma queda de 1,22% para os 3,792 euros.

O setor das telecomunicações beneficiava da notícia de que a Autoridade da Concorrência deu luz verde à operação de fusão entre a Optimus e a Zon Multimédia. Sem surpresas as ações da Zon avançavam 1,48% para negociar nos 4,378 euros. Já a Sonaecom, dona da Optimus, ganhava 1,35% para os 1,804 euros. Os títulos da Portugal Telecom estavam em queda de 1,25% para os 2,913 euros.

No mercado da dívida soberana, os juros portugueses estavam hoje a subir a dois anos e a descer a cinco e dez anos face aos valores de encerramento de terça-feira.

Lá fora, os investidores continuam expectantes em relação aos resultados da reunião de dois dias do Comité de Operações do Mercado Aberto da Reserva Federal norte-americana. Isto porque o banco central dos Estados Unidos deverá dar sinais sobre a decisão relativa a uma eventual limitação das medidas de estímulo à maior economia do mundo.

O índice Eurostoxx 50 recuava 0,23% para os 2.752,99 pontos. As praças de referência do velho continente estavam a ser pressionadas pelos resultados empresariais aquém das expectativas, sobretudo do BNP Paribas e da Peugeout.

O CAC francês recuava por isso mesmo 0,32%. Em dia de emissão de dívida o DAX alemão cedia 0,35%. O IBEX madrileno cedia 0,52%. O MIB italiano regredia 0,49% e o FTSE londrino 0,02%.