Investing.com - A bolsa de Lisboa prolongou o ciclo de ganhos dos últimos dias, o maior desde novembro de 2012, somando a sétima sessão consecutiva em alta. Ao contrário do que aconteceu com grande parte das congéneres europeias, esta quinta-feira o PSI20 avançou 0,13% para 6.340,20 pontos. 12 cotadas fecharam em alta, seis em baixa e duas inalteradas.
A Cofina liderou os ganhos, com uma subida de 5,05%. Em destaque pela positiva, a impulsionar o mercado nacional, esteve também a Zon Optimus. Brilhou com uma valorização de 4,27% para 5,15 euros, acompanhada pelo avanço de 1,27% para cotar nos 2,32 euros da Sonaecom. A travar o movimento ascendente do setor das telecomunicações esteve a Portugal Telecom, a regredir 0,25% para 3,661 euros.
A EDP Renováveis exerceu pressão entre as energéticas, cedendo 0,51% para 3,94 euros. Os papéis da casa mãe apreciaram 1,34% para 2,647 euros enquanto os da Galp somaram 0,44% a negociar nos 12,625 euros.
No setor financeiro, BES e BCP cederam 1,43% e 0,9% para 1,033 euros e 0,11 euros respetivamente. Uma tendência partilhada com os títulos do BANIF, também no sinal “vermelho”, a depreciar 9,09% para 0,01 euros. As ações do BPI terminaram a jornada a negociar nos 1,1 euros, com um avanço de 0,55%, enquanto do ESFG se manteve inalterado nos 5,22 euros.
O peso pesado Jerónimo Martins castigou a praça lisboeta com um recuo de 1,24% para 14,35 euros, mas a Mota-Engil e a Altri contrariaram com subidas de 0,49% e 2,59% para 3,5 euros e 2,26 euros respetivamente.
Lá fora, o índice Eurostoxx 50 regrediu 0,17% para 3.010,39 pontos, no dia em que se soube que a produção no setor da construção recuou em agosto 4,7%, na zona euro, e 2,5% no conjunto dos países da União Europeia face a igual período do ano passado.
No velho continente, a avançar 0,39%, o IBEX madrileno acompanhou o desempenho de Lisboa. Comportamento idêntico ao do FTSE londrino que somou 0,07%. O Instituto Nacional de Estatística britânico anunciou esta quinta-feira que as vendas a retalho no Reino Unido subiram 0,6% em setembro, acima dos 0,4% esperados pelos analistas. Em agosto, caíram 0,8%.
O CAC francês e o DAX alemão recuaram, 0,10% e 0,38% respetivamente, mas foi o MIB italiano que mais se destacou, cedendo 0,40%.
A notícia de um entendimento sobre o aumento do limite da dívida nos Estados Unidos com o consequente fim da paralisação parcial do Governo parece não ter convencido os investidores europeus, condicionados com divulgação de alguns resultados empresariais desapontantes.
Ontem o Congresso norte-americano aprovou um acordo que suspende o teto da dívida até dia 7 de fevereiro. O cenário de incumprimento, temido pelos investidores, fica afastado. Democratas e republicanos terão agora acertar agulhas sobre o orçamento federal até 13 de dezembro.
Do lado de lá do Atlântico, os principais índices bolsistas norte-americanos abriram em terreno negativo. Antes da abertura de Wall Street ficou a saber-se que os pedidos de subsídio de desemprego caíram menos do que o esperado na última semana. Também aqui, o efeito do fim do “shutdown” acabou por ser anulado pelos resultados. O Goldman Sachs anunciou um lucro acima do esperado pelos analistas a par de uma queda de 20% nas receitas. A IBM, por outro lado, divulgou a sexta queda trimestral consecutiva nas vendas. O índice industrial Dow Jones regredia 0,29% enquanto o tecnológico Nasdaq somava 0,38%. O S&P500 avançava 0,25%.