(Texto atualizado com dados oficiais de fechamento e mais informações)
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO, 6 Mar (Reuters) - O Ibovespa fechou em queda nesta quarta-feira, em sessão mais curta na volta do feriado prolongado pelo Carnaval, em meio a um ambiente mais avesso a risco no exterior e receios com o andamento da pauta econômica nacional.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa .BVSP recuou 0,41 por cento, a 94.216,87 pontos. O volume financeiro da sessão somou 8,68 bilhões de reais.
Em Wall Street, os pregões fecharam no vermelho, com agentes financeiros na expectativa de novos catalisadores para as ações após o rali desde o começo do ano, entre eles um desfecho nas negociações comerciais entre os EUA e a China. acordo com operadores, o ambiente externo mais negativo ampliou a cautela por ruídos no cenário político e a falta de progressos efetivos na tramitação da reforma da Previdência.
Para os analistas Fernando Bresciani e Pedro Galdi, da corretora Mirae, sem grandes novidades sobre a reforma que muda as regras das aposentadorias, o "Ibovespa deve seguir sem brilho até o encerramento desta semana", conforme nota a clientes.
O deputado Tarcísio Perondi (MDB-RS), um dos vice-líderes do governo na Câmara, disse que a prioridade é garantir a instalação na próxima semana da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, a primeira por onde a reforma da Previdência irá tramitar. sobre o capital externo no segmento Bovespa mostram que estrangeiros continuam reticentes, com fevereiro encerrando com saldo negativo de 2,6 bilhões de reais.
As ações brasileiras também refletiram nesta quarta-feira ajustes ao movimentos dos papéis brasileiros negociados nos EUA nos dois dias anteriores, quando a B3 não funcionou.
DESTAQUES
- JBS JBSS3.SA caiu 5,1 por cento, após o governo norte-americano planejar emitir novas orientações para empresas alimentícias ainda esta semana, depois de aumento no número de recalls de carne e aves. Das empresas de alimentos e proteínas no Ibovespa, BRF BRFS3.SA fechou em baixa de 4 por cento, mas MARFRIG MRFG3.SA subiu 0,18 por cento. ECORODOVIAS ECOR3.SA recuou 4,77 por cento, contaminada pela notícia de a Rodonorte, concessionária de rodovias do grupo CCR CCRO3.SA , firmou acordo de leniência no valor de 750 milhões de reais com o Ministério Público Federal no Paraná (MPF/PR). CCR encerrou em queda de 3,15 por cento. CSN CSNA3.SA saltou 9,39 por cento. O Valor Econômico publicou que a empresa contratou o Citi (NYSE:C) para venda antecipada de 1 bilhão de dólares de minério de ferro, bem como relatório do Morgan Stanley (NYSE:MS) elevando a recomendação da ação para 'overweight'. VALE VALE3.SA subiu 2,8 por cento, após afastamento temporário do presidente-executivo Fabio Schvartsman e outros executivos, em meio às investigações do rompimento da barragem em Brumadinho (MG). O estrategista-chefe da XP Investimentos, Karel Luketic, disse que os "riscos potenciais estão sendo cada vez mais mitigados, o que gradualmente deve permitir que a ação volte a negociar com base em fundamentos". PETROBRAS PN PETR4.SA subiu 0,22 por cento, em sessão com desempenho misto dos contratos de petróleo LCOc1 CLc1 no exterior. Do noticiário ligado à petrolífera, a BW Offshore BWO.OL recebeu aval sem restrições do Cade para a aquisição do campo de Maromba junto à Petrobras e à Chevron (NYSE:CVX). BRADESCO PN BBDC4.SA caiu 0,75 por cento. ITAÚ UNIBANCO PN ITUB4.SA teve variação positiva de 0,03 por cento.
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(Por Paula Arend Laier; edição de Aluísio Alves)