(Atualiza cotação e acrescenta mais informações)
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO, 18 Set (Reuters) - A bolsa paulista mostrava alguma fraqueza nesta quarta-feira, com agentes financeiros em clima de expectativa para decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil, tendo as ações da Petrobras novamente na ponta negativa do Ibovespa diante de novo recuo dos preços do petróleo.
Às 11:30, o Ibovespa .BVSP caía 0,14%, a 104.474,96 pontos. O volume financeiro somava 2,89 bilhões de reais.
O Federal Reserve anuncia sua decisão às 15h (horário de Brasília), e no mercado a expectativa é de um corte de 0,25 ponto percentual, reduzindo a taxa para a faixa de 1,75% e 2,00%. Além do comunicado sobre a decisão, a entrevista coletiva que o chairman do Fed, Jerome Powell, dará a partir de 15h30 também concentra as atenções. FEDWATCH
Em Wall Street, o S&P 500 .SPX tinha variação negativa de 0,3%. Veja aqui como as ações nos EUA reagem a ciclos de afrouxamento monetário pelo Fed: a equipe da Guide Investimento, o mercado acionário brasileiro deve ter o desempenho condicionado à decisão do Fed vir ou não em linha com o esperado. Além do corte, há expectativa de que o BC norte-americano sinalize estar disposto a adotar medidas de estímulo adicionais caso seja necessário.
Após o fechamento do pregão local, é a vez de o BC brasileiro anunciar sua decisão sobre os juros, com o mercado também apostando majoritariamente que o Copom capitaneado por Roberto Campos Neto reduzirá a taxa Selic de 6% para 5,5% ao ano. técnica do Itaú BBA sobre o Ibovespa afirma que, após fechar em alta na véspera, o índice apontou novamente para a forte resistência em 104.800 pontos. "Se conseguir superar essa região, o próximo desafio do mercado será superar a máxima histórica em 106.700 pontos."
DESTAQUES
- PETROBRAS PN PETR4.SA recuava 1,1%, em movimento alinhado ao novo declínio dos preços do petróleo, na esteira de notícias de que a Arábia Saudita retomará sua capacidade de produção total rapidamente após ataques no fim de semana, que fizeram as cotações da commodity dispararem na segunda-feira.
- BANCO DO BRASIL ON BBAS3.SA tinha valorização de 1,8%, destoando da fraqueza dos grandes bancos privados. O presidente-executivo do Banco Votorantim, no qual o BB tem participação de 50%, disse nesta quarta-feira que chegou o momento de preparar o banco para uma oferta inicial de ações (IPO). ITAÚ UNIBANCO PN ITUB4.SA cedia 0,06%, mas BRADESCO PN BBDC4.SA tinha alta de 0,2%.
- NATURA ON NATU3.SA avançava 1,4%, renovando máxima intradia histórica e ampliando os ganhos neste ano para mais de 65%. A fabricante de cosméticos anunciou na véspera aumento de capital com bonificação de ações. VALE ON VALE3.SA mostrava declínio de 0,7%, tendo de pano de fundo a queda dos futuros do minério de ferro na China pelo terceiro dia consecutivo, em meio a crescentes desembarques do produto nos portos do país e por maiores embarques por grandes mineradoras. MRV MRVE3.SA cedia 1,98%, entre as maiores quedas, em sessão de ajuste, após salto de mais de 7% na véspera. No setor, CYRELA CYRE3.SA perdia 1,3%.
- EMBRAER EMBR3.SA tinha alta de 0,3 por cento. O sindicato de metalúrgicos da principal fábrica da companhia, São José dos Campos, informou que trabalhadores da unidade aprovaram decretação de estado de greve e que a categoria pode parar a partir da segunda-feira. BANRISUL PNB BRSR6.SA , que não está no Ibovespa, subia 4%, após o banco ajustar oferta primária de ações, que teve sua precificação adiada da véspera para esta quarta-feira. SINQIA ON SQIA3.SA , que também não está no Ibovespa, caía 3,6%, a 67,18 reais, após o conselho de administração aprovar o preço de 62 reais por ação para oferta primária com esforços restritos, resultando em um montante total da oferta de 362,7 milhões de reais. ver as maiores baixas do Ibovespa, clique em .PL.BVSP
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(Edição Alberto Alerigi Jr.)