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CEO J.Martins diz Biedronka com 'fatia leão 'capex' 2017, balanço sólido dá flexibilidade expansão

Publicado 23.02.2017, 15:10
CEO J.Martins diz Biedronka com 'fatia leão 'capex' 2017, balanço sólido dá flexibilidade expansão
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* JM prevê investir 700 ME em 2017, 400 ME na Polónia

* JM diz balanço sólido permite flexibilidade expansão

* Resultados 2016 fortes mas acção está cara-analistas

Por Patricia Vicente Rua

LISBOA, 23 Fev (Reuters) - A Jerónimo Martins (JM) JMT.LS vai continuar a canalizar a 'fatia de leão' do investimento para o importante mercado polaco, onde prevê investir 400 milhões de euros (ME) este ano, e o sólido balanço da empresa permite-lhe ter flexibilidade para expandir se surgirem oportunidades.

"O nosso compromisso é com os países onde estamos e o nosso interesse está nos mercados onde estamos presentes", disse o Presidente e Administrador delegado, Pedro Soares dos Santos, quando questionado sobre oportunidades de expansão do grupo.

"A solidez do nosso balanço permite-nos ter flexibilidade para expandir se surgirem oportunidades", explicou Ana Luísa Virgínia, Chief Corporate Center Officer.

No final de 2016, o grupo JM - número dois do retalho em Portugal e líder no retalho alimentar na Polónia - registou uma posição líquida de caixa de 335 ME.

"Temos um balanço sólido, todos os nossos negócios geram caixa e todos os nossos resultados são sólidos", frisou Pedro Soares dos Santos.

A JM prevê investir 700 ME este ano, contra os 482 ME investidos em 2016, dos quais 400 ME na Polónia onde vai abrir 100 novas lojas e um centro logístico.

Em Portugal serão investidos 150 ME e está previsto abrir, em Maio próximo, um centro logístico que dará emprego a 400 pessoas. Na Colômbia - terceiro mercado do grupo - a JM estima abrir 150 lojas e 3 novos centros.

"Na Polónia não sentimos mais concorrência do que a que tem existido. Em Portugal existe um ligeiro aumento do consumo, mas o padrão de consumo não mudou muito desde o tempo da crise. Continua a ser muto racional, focado nas promoçoes e preços", disse Pedro Soares dos Santos.

Realçou que "o ambiente em Portugal é talvez o mais concorrencial na Europa, talvez o mis difícil de operar".

"Não deixámos de investir em Portugal. Este ano vamos investir 150 ME e nos últimos 5 anos investimos mais de 1.000 ME em Portugal", vincou.

RESULTADOS FORTES, ACÇÃO CARA

A JM voltou a apresentar um forte conjunto de resultados de 2016, impulsionados pelas fortes vendas e robustez operacional, nomeadamente na Polónia, mas o título segue a cair 4 pct, com os analistas a salientarem que o títuloestá caro.

O Barclays (LON:BARC) subiu o preço alvo que atribui à JM em 4 pct para 12 euros, após a retalhista ter batido as previsões daquele banco britânico, mas alerta que a cara cotação não incorpora uma série de riscos na expansão colombiana e na consolidação na Polónia. Haitong por sua vez, realça que as acções da JM ja valorizaram 11 pct desde o início do ano, face a índice sectorial .SXRP 'flat', pelo que poderá haver lugar à tomada de lucros.

O lucro atribuível da JM subiu 13 pct em termos homólogos para 92 milhões de euros (ME) no quarto trimestre de 2016, após pagar um imposto maior do que os analistas previam.

As vendas subiram 9,3 pct para 3.884 ME entre Outubro e Dezembro de 2016, em termos homólogos, e o EBITDA --Earnings before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization -- avançou 10,7 pct para 235 ME. A média de uma Poll de sete analistas apontava para um lucro líquido de 107 ME e um EBITDA de 235 ME, no quarto trimestre de 2016.

No conjunto do ano de 2016, o lucro subiu 78 pct para 593 ME, incluíndo a mais valia de 221 ME relativa à venda da Monterroio. Se excluírmos esta contribuição, o lucro seria de 361 ME, mais 14,5 pct que em 2015. O EBITDA somou 7,8 pct para 862 ME e as vendas cresceram 6,5 pct para 14.622 ME.

"Foi um ano muito bom para o grupo JM. Atingimos todas as metas que nos propusemos atingir. Tivemos reforço de quota de mercado nos três países onde operamos e se não fosse a devalorização, as vendas teriam ultrapassado os 15.000 ME", afimou o CEO.

As vendas like-for-like subiram 7,2 pct em 2016, sustentadas pelo forte aumento de 9,5 pct da biedronka e de 5,0 pct do Recheio, enquanto o Pingo Doce se quedou por um crescimento de 1 pct.

A Biedronka, líder do retalho alimentar na Polónia e motor de crescimento do Grupo, registou um EBITDA de 707 ME em 2016, mais 10,3 pct face ao ano anterior, com a respectiva margem EBITDA a subir para 7,2 pct de 7,0 pct em 2015.

Em Portugal, a cadeia de supermercados Pingo Doce, gerou um EBITDA de 192 ME em 2016, mais 2 pct que no ano anterior, tendo a respectiva margem EBITDA descido para 5,4 pct, de 5,5 pct em 2015, explicado pela intensa dinâmica promocional.

(Por Patrícia Vicente Rua,; Editado por Sérgio Gonçalves)

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