LISBOA, 21 Mai (Reuters) - A EDP-Energias de Portugal EDP.LS anunciou a criação de uma 'joint-venture' paritária entre a sua subsidiária EDP (SA:ENBR3) Renováveis EDPR.LS e a francesa Engie ENGIE.PA , visando ser um dos cinco maiores operadores globais do eólico 'offshore'.
Adiantou que ambas as empresas vão combinar os seus activos eólicos 'offshore' e projectos, iniciando com um total de 1,5 gigawatts (GW) em construção e 4 GW em desenvolvimento. A EDP disse, em comunicado, que pretendem chegar a 5-7 GW de projetos em operação ou construção e 5-10 GW em desenvolvimento até 2025.
A 'joint-venture' terá como alvo prioritário mercados na Europa, nos EUA e em algumas regiões da Ásia, de onde se espera que venha o maior crescimento e tenciona ser autofinanciada, acrescentou.
"Estamos confiantes de que esta parceria irá reforçar a nossa posição distintiva nas renováveis, permitindo-nos acelerar o ritmo no eólico 'offshore', um dos principais vectores de crescimento na próxima década", disse António Mexia, CEO da EDP.
Isabelle Kocher, CEO da Engie, adiantou que "há expectativas de que o sector eólico offshore cresça de forma muito significativa até 2030". "A criação desta 'joint-venture' irá permitir-nos agarrar oportunidades de mercado enquanto aumentamos a nossa competitividade em energias renováveis".
Esta aliança entre as duas energéticas não é nova.
A EDP Renováveis e a Engie são também parceiras no consórcio nos projetos eólicos 'offshore' fixos de Dieppe Le Tréport e Yeu Noirmoutier, em França, e de Moray East e Moray West, no Reino Unido.
O objetivo é que esta nova 'joint-venture' entre as duas energéticas esteja operacional até ao final de 2019. (Por Gonçalo Almeida Editado por Sérgio Gonçalves)