Investing.com - Em linha com o desempenho de grande parte das praças europeias de referência, a bolsa de Lisboa corrigiu as perdas do início da jornada.
O PSI20 fechou a terceira sessão da semana com um dos melhores desempenhos no velho continente. O índice principal do mercado lisboeta avançou 0,8% para 6.331,92 euros, com 12 cotadas em alta, sete em baixa e uma inalterada. Isto no dia em que o Tesouro português conseguiu colocar no mercado o montante máximo de 1500 milhões de euros em dívida de curto prazo. Ainda assim, Portugal pagou mais caro para se financiar a três meses.
Entre os investidores europeus instalou-se a expectativa de que democratas e republicanos alcancem um acordo sobre o aumento do limite da dívida nos Estados Unidos ainda esta quarta-feira. Caso contrário, os EUA entrarão em incumprimento já amanhã, dia 17 de outubro. As negociações começaram no início do mês, mas até agora nem sinal de entendimento. Tudo parece indicar que o desfecho deste impasse estará para breve, pondo termo à paralisação governamental em vigor nos últimos tempos.
Por cá, a Cofina destacou-se, brilhando com uma subida de 6,57% para cotar nos 0,535 euros por ação. A EDP foi outra das performers da jornada, avançando 2,03% para 2,612 euros. As ações da subsidiária EDP Renováveis apreciaram 0,13% para os 3,96 euros. Isto depois de o executivo ter anunciado, a propósito da apresentação do Orçamento do Estado para 2014, que a nova contribuição extraordinária sobre o sector energético será alargada às petrolíferas e à Redes Energéticas Nacionais. A Galp fechou a sessão de hoje a recuar 0,79% para 12,57 euros.
O setor das telecomunicações terminou em sinal “verde”, animado pelos ganhos de 1,66% para 3,67 euros da Portugal Telecom e de 0,39% para 4,939 euros da Zon Optimus. Os títulos da Sonaecom apreciaram mais ligeiramente 0,09% para 2,291 euros.
Em zona mista, o setor financeiro, mais exposto ao risco da República, beneficiou da subida de 1,83% para 0,111 euros do BCP. Os títulos do BES valorizaram 0,67% para 1,048 euros, em linha com o BANIF, que registou ganhos de 10% para 0,011 euros. Em contraciclo, o BPI deslizou 0,55% para 1,094 euros. Já o ESFG manteve-se sem variação.
Altri e Jerónimo Martins impediram maiores perdas em Lisboa. As cotadas avançaram 2,61% e 1,47% para 2,203 euros e 14,53 euros respetivamente.
A jornada foi igualmente positiva entre grande parte das praças europeias. O índice Eurostoxx 50 somou 0,36% para 3.015,40 pontos. O MIB italiano avançou 1,45% e o IBEX madrileno 0,73%. O DAX alemão ganhou 0,41% e o FTSE londrino 0,20%. Hoje ficou a saber-se que a taxa de desemprego no Reino Unido se manteve estável nos 7,7% no terceiro trimestre do ano. Dados revelados pelo gabinete londrino de estatísticas indicaram também que os pedidos de subsídio de desemprego caíram mais do que o esperado pelos economistas.
Ainda no velho continente, só o CAC francês fechou em terreno negativo, a ceder 0,33%. O dia foi marcado ainda pela divulgação de dados sobre a inflação. De acordo com o Eurostat, a taxa de inflação anual na zona euro caiu em setembro para 1,1% face aos 1,3% de agosto. Na União Europeia também se cifrou em 1,3% face aos 1,5% de agosto.
Do lado de lá do Atlântico, numa altura em que são conhecidos vários resultados empresariais, as atenções concentravam-se na perspectiva de um acordo para evitar “default.” O índice industrial Dow Jones subia 1,3% e o tecnológico Nasdaq 1,08%. O S&P500 registava uma alta de 1,28%.