LISBOA, 5 Set (Reuters) - A Bolsa deverá abrir positiva, prolongando os ganhos da sessão anterior e acompanhando as subidas na Ásia, com os investidores a apostarem que a Reserva Federal dos Estados Unidos não tornará a política monetária mais restritiva em Setembro após os dados aquém da expectativa do mercado laboral, segundo dealers.
* Os futuros europeus - Stoxx50 STXEc1 , DAX FDXc1 , CAC40 FCEc1 - seguem com ganhos entre 0,2 e 0,4 pct. Contudo, o britânico Footsie FFIc1 cai 0,1 pct.
* Na sessão anterior, o europeu Stoxx 600 .STOXX fechou no nível mais elevado desde final de Maio depois de ter sido conhecido que a economia dos EUA criou 151.000 postos de trabalho em Agosto, menos do que o esperado, com a contratação nos sectores da indústria e da construção em declínio.
Estes dados levaram os investidores a diminuírem as expectativas de uma subida iminente das taxas de juro directoras pela Reserva Federal dos Estados Unidos.
A taxa de desemprego permaneceu inalterada em 4,9 por cento. Economistas consultados pela Reuters esperavam que tivessem sido criados 180.000 postos de trabalho.
As acções asiáticas seguem em alta depois destes dados.
* A economia global está sob a ameaça de crescente proteccionismo e riscos relacionados com mercados financeiros muito alavancados, disse o Presidente chinês Xi Jinping, no início de uma cimeira de dois dias das nações do G20.
A economia global chegou "a uma encruzilhada crucial", disse Xi, perante a fraca procura, mercados financeiros voláteis e indicações pouco animadoras do comércio e investimento.
"Os gatilhos de crescimento da anterior ronda de progresso tecnológico estão a desvanecer gradualmente, enquanto que uma nova vaga de revolução tecnológica e industrial ainda não ganhou 'momentum'", disse.
* A reunião de política monetária do Banco Central Europeu de quinta-feira deverá dominar a agenda da semana, com a maioria dos economistas a prever que as taxas e a estratégia se mantenha, mesmo que uma minoria considere possível o anúncio de uma extensão do programa de compra de activos.
O banco central tem providenciado estímulos extraordinários há anos, cortando taxas para terreno negativo, comprando 80.000 milhões de euros em activos por mês, assim como operações de financiamento grátis aos bancos, tudo para reavivar o crescimento depois de uma década de dificuldades.
Inflação teimosamente baixa está na raiz do problema. As novas previsões de inflação deverão mostrar uma subida dos índice de preços no consumidor bem abaixo de 2 pct mesmo em 2018. O BCE tem por objectivo inflação próxima mas inferior a 2 pct.
* A Moody's optou por não se pronunciar sobre a notação de Portugal na sexta-feira passada, data potencial fixada para o fazer. O 'rating' mantém-se em 'Ba1', ainda em território de 'lixo' e um nível abaixo do desejado 'investment grade', com uma perspectiva estável.
AGENDA INTERNACIONAL (hora TMG):
* Índice Markit para os serviços na zona euro em Agosto. (0900)
* Índice Sentix sobre o sentimento dos investidores na zona euro em Setembro. (0930)
* Vendas a retalho na zona euro em Julho. (1000) (Por Daniel Alvarenga)