Poupe 40%
🔥 A estratégia de ações escolhidas por IA, Titãs da tecnologia, subiu +7,1% em maio. Junte-se à ação com as ações EM ALTA.Poupe 40%

FOCO-Novo Banco com lucros trimestrais Jul-Set 2016 pela 1ra vez, CEO optimista venda

Publicado 10.11.2016, 17:39
Atualizado 10.11.2016, 17:40
© Reuters.  FOCO-Novo Banco com lucros trimestrais Jul-Set 2016 pela 1ra vez, CEO optimista venda
BBPI
-
BCP
-
RC
-
0245
-

(Acrescenta citações CEO do Novo Banco)

Por Sergio Goncalves

LISBOA, 10 Nov (Reuters) - O Novo Banco teve o seu primeiro lucro trimestral desde a sua criação em Agosto de 2014, atingindo um lucro de 3,7 ME no terceiro trimestre de 2016, e o Chief Executive Officer (CEO) mantém a prioridade de solidez do balanço e está optimista quanto à venda deste 'good bank'.

O Banco de Portugal (BP) tem em curso uma segunda tentativa de venda deste 'good bank' e o CEO António Ramalho, que tomou posse em Agosto de 2016, frisou: "desde a primeira hora que tenho estado positivo (quanto à venda)".

"Quem gere um banco com esta qualidade de rede, esta capacidade de regeneração, naturalmente não pode deixar de estar positivo, optimista", afirmou em entrevista telefónica à Reuters.

"Houve um lucro trimestral e desde o início da vida do banco em 2014 é o primeiro trimestre com resultado positivo, ainda que marginalmente positivo, estamos a falar de um lucro próximo do zero", disse António Ramalho.

O Novo Banco lembrou que desde a sua origem em 2014 teve sempre resultados trimestrais negativos superiores a 250 milhões de euros (ME) e no primeiro trimestre de 2016 teve um prejuízo de 249,4 ME e no segundo trimestre teve um prejuízo de 113,3 ME.

Realçou que este "resultado é ainda influenciado negativamente pelo elevado nível de provisionamento e positivamente pela função fiscal".

MELHORA

"Este resultado (trimestral) evidencia uma clara melhoria face aos trimestres anteriores (...) Na actividade corrente os resultados beneficiam da melhoria do produto bancário e da fortíssima redução de custos operacionais", referiu este banco de transição em comunicado.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta, nem recomendação da Investing.com. Ver declaração aqui ou remover anúncios .

"Representa naturalmente o efeito de vários indicadores importantes: está mais robusta a margem financeira e o produto bancário está 7,5 pct acima; houve um corte de custos significativo, aliás é um 'caso de escola' - (quase) 25 pct de corte de custos que é um valor notável", afirmou o CEO.

MAS CAUTELOSO

"Ainda é visível que o custo da imparidade é muito elevado, pelo que temos de ser particularmente cautelosos porque a prioridade está na solidez do balanço, não está na conta de exploração".

Reiterou: "apesar destas serem notícias positivas, devem ser vistas com cautela".

"O custo de risco é ainda muito elevado. Temos um 'income' mais saudável, um custo que ainda não está 'no ponto', na medida que estamos a falar de um 'cost-to-income' ainda elevado - 67,4 pct versus 85,8 pct no ano passado, e isso é a redução dos custos", destacou o CEO.

"A prioridade é a solidez do balanço, ainda assim este trimestre foi positivo. Ainda assim, o acumulado ainda é um valor muito negativo".

IMPARIDADES PASSADO PESAM

Afirmou que o prejuízo desceu 14,3 pct para 359 ME nos nove meses de 2016, após um crescimento homólogo de 64 pct das provisões para 762,6 ME, "dando continuidade ao esforço de consolidação do Novo Banco".

Explicou que as imparidades acumuladas incluem 425,8 ME para crédito, 113,7 ME para títulos e 110,6 ME para custos de reestruturação.

Entre Janeiro e Setembro de 2016, este banco de transição teve um lucro operacional de 217,7 ME, um disparo face aos tímidos 26,4 ME no período homólogo de 2015.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta, nem recomendação da Investing.com. Ver declaração aqui ou remover anúncios .

No final de Setembro de 2016, o produto bancário acumulado cresceu 7,5 pct para 667,7 ME, "para o qual contribuiu um crescimento de 29,2 pct na margem financeira", enquanto os custos operacionais caíram 24,3 pct para 449,9 ME.

Sublinhou que, "em linha com a prossecução do processo de desalavancagem do balanço, especialmente na carteira internacional, o crédito a clientes registou, nos primeiros nove meses do ano, uma redução de 3.100 ME".

"Os recursos de clientes retomaram, no trimestre um processo de estabilização", disse.

Ainda assim, "os depósitos totais que ascenderam a 24.700 ME, representam menos 2.700 ME face a dezembro de 2015".

"No entanto, os depósitos de clientes no segmento de retalho registaram uma evolução muito positiva com um crescimento superior a 800 ME, resultado que ilustra um claro sinal de consolidação da confiança dos clientes no Novo Banco".

"O banco optou por antecipar boa parte dos objetivos do ano fixados pelo Plano de Reestruturação já anunciado", disse, explicando que a redução prevista de pessoal foi atingida em Setembro ou seja menos 1.062 colaboradores contra o objetivo de menos 1.000.

Adiantou que "a redução de custos operacionais também já está garantida - menos 145 ME até Setembro contra um objetivo de menos 150 ME para final do ano - e o número de balcões após os últimos encerramentos previstos, situar-se-ão em 540, contra 550 previstos no plano".

CAPITAL ROBUSTO

Afirmou que o rácio de capital regulamentar Common Equity Tier 1 (CET1) estimado para 30 de Setembro de 2016 fixou-se em 12,3 pct, o que representa uma melhoria de 30 basis points (bp) face a Junho de 2016.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta, nem recomendação da Investing.com. Ver declaração aqui ou remover anúncios .

"É óbvio que a nossa preocupação é manter o CET1 saudável. (Mas) não vou fazer estimativas", disse António Ramalho.

"Nós somos um banco que se apresenta com um CET1 elevado, mas também ainda com imparidades elevadas. Esperemos que a evolução seja no melhor dos sentidos: a manutenção de um bom CET1 e a redução progressiva das imparidades".

Em 7 de Novembro, o BP anunciou que recebeu cinco propostas para comprar o 'good bank' Novo Banco, no âmbito dos procedimentos de venda estratégica e em mercado, mas o banco central não identificou os pretendentes. processo de venda, as propostas tiveram acesso ao nível de informação do Novo Banco. Portanto, os resultados em si não são um elemento essencial das perspectivas de quem conhece muito bem o banco, neste momento", disse o CEO.

"Julgo que há um momento para trabalharmos para a venda e esse terminou no dia 4. Agora, está no momento da decisão, que cabe ao Fundo de Resolução".

Em 30 de Junho, no âmbito do procedimento de venda estratégica, o BP anunciou que tinha recebido quatro propostas para a compra do Novo Banco, na segunda tentativa de alienação deste banco de transição, que surgiu dos escombros do colapsado Banco Espírito Santo (BES) em meados de 2014.

O BP não identificou os interessados, mas fontes financeiras disseram à Reuters que o BPI BBPI.LS , o fundo norte-americano Apollo APO.N aliado à 'private equity' Centerbridge, e a 'private equity' Lone Star apresentaram propostas para comprar o Novo Banco.

Na altura, o Millennium bcp BCP.LS entregou uma carta de interesse com determinado perfil, mas sem avançar uma proposta financeira concreta.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta, nem recomendação da Investing.com. Ver declaração aqui ou remover anúncios .

No passado dia 6 de Outubro, em entrevista à Reuters, o secretário de Estado Adjunto, do Tesouro e Finanças, disse que a segunda tentativa de venda do Novo Banco está a atrair novos interessados, além dos quatro candidatos iniciais, incluindo do China Minsheng Financial 0245.HK que está a olhar. por Patrícia Vicente Rua)

Últimos comentários

Divulgação de riscos: A realização de transações com instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve altos riscos, incluindo o risco de perda de uma parte ou da totalidade do valor do investimento, e pode não ser adequada para todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos tais como eventos financeiros, regulamentares ou políticos. A realização de transações com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir realizar transações com instrumentos financeiros ou criptomoedas, deve informar-se sobre os riscos e custos associados à realização de transações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente os seus objetivos de investimento, nível de experiência e nível de risco aceitável, e procurar aconselhamento profissional quando este é necessário.
A Fusion Media gostaria de recordar os seus utilizadores de que os dados contidos neste website não são necessariamente fornecidos em tempo real ou exatos. Os dados e preços apresentados neste website não são necessariamente fornecidos por quaisquer mercados ou bolsas de valores, mas podem ser fornecidos por formadores de mercados. Como tal, os preços podem não ser exatos e podem ser diferentes dos preços efetivos em determinados mercados, o que significa que os preços são indicativos e inapropriados para a realização de transações nos mercados. A Fusion Media e qualquer fornecedor dos dados contidos neste website não aceitam a imputação de responsabilidade por quaisquer perdas ou danos resultantes das transações realizadas pelos seus utilizadores, ou pela confiança que os seus utilizadores depositam nas informações contidas neste website.
É proibido usar, armazenar, reproduzir, mostrar, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos neste website sem a autorização prévia e explicitamente concedida por escrito pela Fusion Media e/ou pelo fornecedor de dados. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados pelos fornecedores e/ou pela bolsa de valores responsável pelo fornecimento dos dados contidos neste website.
A Fusion Media pode ser indemnizada pelos anunciantes publicitários apresentados neste website, com base na interação dos seus utilizadores com os anúncios publicitários ou com os anunciantes publicitários.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que há qualquer discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.