LISBOA, 26 Abr (Reuters) - O lucro atribuível do grupo Jerónimo Martins (JM) JMT.LS teve uma subida homóloga de 9,1 pct para 85 milhões de euros (ME) no primeiro trimestre de 2018, suportado novamente pela robusta performance da operação polaca Biedronka e com todas as insígnias a tirarem o "máximo partido" do período da Páscoa.
A número dois do retalho nacional e líder do retalho alimentar na Polónia adiantou que as vendas consolidadas cresceram, em termos homólogos, 14,2 pct para 4.200 ME entre Janeiro e Março de 2018 e o EBITDA consolidado subiu 12,2 pct para 215 ME.
As vendas da Biedronka subiram 15,6 pct para 2.922 ME, as vendas do Pingo Doce aumentaram 7,1 pct para 882 ME, as do Recheio cresceram 4,2 pct para 210 ME, enquanto as da colombiana Ara ganharam 54,4 pct para 134 ME. As consolidadas like-for-like cresceram 7,7 pct.
O EBITDA da Biedronka subiu 15,7 pct para 198 ME e a margem EBITDA foi de 6,8 pct, em linha com o ano anterior. O Pingo Doce e o Recheio registaram um EBITDA combinado de 49 ME, ou seja 3,5 pct abaixo do primeiro trimestre de 2017. A margem EBITDA dos negócios de distribuição em Portugal foi de 4,5 pct vs 5,0 pct no período homólogo, reflectindo "o aumento de salários implementado no Pingo Doce ao longo do quarto trimestre de 2017".
"O forte desempenho de vendas gerou bons resultados no trimestre com todas as nossas insígnias a tirar o máximo partido da época da Páscoa", referiu a retalhista em comunicado.
"Temos uma expectativa positiva para o ano de 2018 e mantemos o compromisso de crescer acima dos mercados onde operamos", adiantou.
Adiantou que, "de modo a aproveitar plenamente as oportunidades de crescimento, quer em termos de expansão orgânica quer de vendas LFL, confirmamos o programa de investimento de 700-750 ME".
"Este inclui a adição líquida de 70-80 lojas Biedronka, a abertura de cerca de 150 lojas Ara e os importantes programas de remodelação de lojas da Biedronka e do Pingo Doce".
No primeiro trimestre de 2018, o capex do Grupo ascendeu a 141 ME, dos quais 56 pct foram investidos na Biedronka e 14 pct na Ara.
O cash-flow no período foi negativo em 83 ME, "reflectindo a normal sazonalidade do capital circulante após a época de Natal".
"O Grupo encerrou o trimestre com uma posição líquida de caixa de 80 ME, com o gearing a situar-se em -3,9 pct", disse.
(Por Sérgio Gonçalves)