LISBOA, 7 Nov (Reuters) - O lucro líquido da Corticeira Amorim CORA.LS teve uma descida homóloga de 7,1% para 54,4 milhões de euros (ME) nos nove meses de 2019, com uma quebra da performance operacional, apesar da subida das vendas, anunciou a empresa.
Adiantou que as vendas consolidadas cresceram 3,2% para 602,6 ME, beneficiando "de um efeito positivo da variação cambial; excluindo este efeito, a variação das vendas teria sido de 2,2%".
Por unidades de negócio, a de Isolamentos foi a que teve um desempenho mais positivo, com um crescimento de 18,1% das vendas, seguida da unidade de Matérias-Primas, que subiu 15%.
As vendas das unidades de negócios de Rolhas e Aglomerados Compósitos cresceram 5,3% e 2,2%, respetivamente.
O EBITDA corrente caiu 10,7% para 96,8 ME, face ao período homólogo, "refletindo o impacto do aumento do preço de consumo da cortiça e o desempenho desfavorável da unidade de negócios de Revestimentos".
"De salientar os aumentos de preços e os ganhos de eficiência operacional nas varias unidades de negócio", referiu a empresa em comunicado.
O rácio EBITDA/Vendas caiu para 16,1%, versus 18,6% no período homólogo de 2018.
No final do terceiro trimestre, a dívida remunerada líquida ascendia a 161,3 ME, contra 139 ME no final de 2018. Esta dívida já inclui o efeito da adopção do IFRS 16 (4,6 ME), em termos comparáveis, excluindo este efeito, durante o período a dívida teria aumentado em 17,7 ME.
"A contribuir para o aumento da dívida encontra-se a aquisição de 50% da Vinolok por 11 ME e de 10% da Bourrassé por 5 ME. De salientar o efeito positivo do recebimento do valor final de 2,3 ME da alienação da US Floors. Sem estes efeitos e em termos comparáveis a dívida seria de 143 ME", explicou.
O Conselho de Administração decidiu propôr à Assembleia Geral de Accionistas, a realizar a 2 de Dezembro, a distribuição parcial de reservas distribuíveis de 0,085 euros por acção.
(Por Patrícia Vicente Rua; Editado por Sérgio Gonçalves)