(Acrescenta citações do consórcio)
Por Goncalo Almeida
LISBOA, 29 Out (Reuters) - O consórcio da italiana ENI ENI.MI com a Galp Energia GALP.LS desistiu do poço exploratório de petróleo ao largo de Aljezur, Alentejo, após o Tribunal de Loulé ter aceite uma providência cautelar ter suspendido a operação, disse Carlos Gomes da Silva, Chief Executive Officer (CEO) da empresa.
O consórcio era detido em 30 pct pela Galp e a italiana ENI detinha os restantes 70 pct da parceria.
"Em relação a Portugal, tomámos a decisão de abandonar a exploração", disse Gomes da Silva, acrescentando que tal decisão se deveu a "constragimentos legais", que tornaram a exploração impossível de executar.
"Apesar de lamentarmos a impossibilidade de avaliar o potencial de recursos 'offshore' do país, as condições existentes tornaram objectivamente impossível prosseguir as actividades de exploração", acrescentou a Galp, em comunicado.
Em Junho deste ano, uma fonte do consórcio disse à Reuters que o consórcio iria começar a executar o poço exploratório, em linha com as condições estabelecidas pela APA-Agência Portuguesa do Ambiente, cujo prazo terminava a 15 de Janeiro de 2018. do aval do Ministro do Ambiente Matos Fernandes, que sublinhou a importância deste furo de prospeção para a não dependência do país face a esta matéria-prima, uma providência cautelar da Plataforma Algarve Livre de Petróleo foi aceite pelo Tribunal de Loulé, em Agosto, e a exploração foi suspensa. entanto, a Galp disse que vai "continuar a investir em Portugal e a abrir caminhos no campo da mobilidade sustentável, (...) bem como reforçar progressivamente a aposta nas fontes de energia de base renovável em regime de mercado".
"É aqui que temos a nossa âncora e que estamos a lançar as bases para a transformação estratégica da empresa em resposta aos desafios da descarbonização", concluiu.
As acções da Galp seguem a subir 1,2 pct para 15,18 euros. (Por Gonçalo Almeida Editado por Sérgio Gonçalves e Catarina Demony)