LISBOA, 10 Jan (Reuters) - O tecido empresarial português cresceu em 2018, face ao ano anterior, com um aumento superior a 12 pct na constituição de novas empresas e uma redução de mais de 6 pct nas insolvências, segundo a Iberinform, filial da Crédito y Caución.
"A constituição de novas empresas em 2018 teve um crescimento de 12,2 pct, atingindo um total de 45.386 novas empresas, mais 4.921 que em 2017", referiu, acrescentando que "os processos de insolvência, por sua vez, registaram uma redução de 6,3 pct, com um total de 5.888 empresas insolventes, menos 396 que em 2017".
Lisboa e Porto são os distritos com os valores de insolvência mais elevados, 1.555 e 1.400 respectivamente. Face a 2017, verificou-se uma diminuição de 7,6 pct em Lisboa e um aumento de 5,3 pct no Porto.
Por sectores, no ano passado, as maiores descidas registaram-se nas actividades de Telecomunicações, Comércio a Retalho, Hotelaria e Restauração, Transportes, Construções e Obras Públicas e Comércio de Veículos. O número de empresas insolventes cresceu em três áreas de atividade: Indústria Extractiva (aumento de 42,9 pct), Eletricidade, Gás, Água (4,5 pct) e Comércio por Grosso (4,3 pct).
Relativamente às constituições de empresas, o número mais significativo verificou-se em Lisboa, com 15.829 novas empresas, seguido pelo distrito do Porto com 8.179 empresas, representando aumentos de 15,6 pct e 15,1 pct, respectivamente.
Com valores substancialmente mais baixos surgem os distritos de Setúbal, que totalizou 3.391 novas empresas e um crescimento de 23,4 pct, Braga com 3.274 constituições e um acréscimo de 10,5 pct e Faro com 2.492 empresas, mais 10,5 pct que em 2017.
"Os sectores de actividade que manifestaram uma maior variação positiva foram os Transportes (aumento de 71,9 pct), a Indústria Extractiva (42,9 pct), a Eletricidade, Gás, Água (21,7 pct), a Construções e Obras Públicas (21,4 pct) e o Comércio de Veículos (14,9 pct). A Agricultura Caça e Pesca foi o único sector que piorou o seu desempenho, com uma redução de 16,1 pct face a 2017.
(Por Patrícia Vicente Rua)