LISBOA, 3 Dez (Reuters) - O Novo Banco, controlado pela norte-americana Lone Star, teve um prejuízo de 419,6 milhões de euros (ME) nos nove meses de 2018, idêntico ao de há um ano atrás, continuando a reestruturação do balanço segundo o plano estratégico, anunciou o banco.
A margem financeira teve um crescimento homólogo de 5,2 pct para 300,7 ME, enquanto as comissões aumentaram 2,4 pct para 236,6 ME.
Adiantou que as políticas de racionalização e optimização de custos levaram à redução de 7,8 pct nos custos operativos, tendo reduzido os custos de pessoal em 5,2 pct e os gastos gerais administrativos em 3,1 pct.
Realçou que o resultado operacional core (produto bancário comercial – custos operativos) aumentou 41,5 pct para 173,7 ME.
Nos nove meses de 2018, as imparidades situaram-se em 456,2 ME, contra 563,2 ME no período homólogo.
Explicou que a imparidade para crédito totalizou 232,6 ME face a 347,7 ME, enquanto as outras provisões, no valor de 208,4 ME "incluem o impacto relativo à assinatura do contrato-promessa para a venda de uma carteira de ativos imobiliários - Projeto Viriato.
A sinistralidade do crédito não produtivo reduziu-se para 27,7 pct do crédito total contra 31,5 pct em Setembro de 2017 e 30,5 pct em Dezembro de 2017.
Afirmou que a respetiva cobertura por imparidade aumentou para 63,5 pct versus 51,9 pct em Setembro de 2017 e 58,7 pct em Dezembro.
O Novo Banco tem os seus rácios de Common Equity Tier 1 (CET1) e Tier 1 protegidos até aos montantes das perdas já verificadas nos activos protegidos pelo Mecanismo de Capital Contingente.
O rácio de capital CET1 foi de 13,5 pct e o rácio de capital total de 15,2 pct.
O terceiro maior banco português deixou de ter estatuto de transição a partir de 18 de Outubro de 2017, na sequência do fundo norte-americano Lone Star ter comprado 75 pct do seu capital ao Fundo de Resolução.
(Por Sérgio Gonçalves)