(Repete notícia divulgada ontem ao final da tarde)
LISBOA, 27 Abr (Reuters) - O 'board' da EDP (SA:ENBR3) Renováveis EDPR.LS vê o preço da Oferta Pública de Aquisição (OPA) da EDP a 6,8 euros por acção como "adequado", alertando que, quando decidirem se aceitam ou não a oferta, os accionistas devem ter em atenção os riscos de liquidez no futuro.
A EDP, que já detém 77,5 pct da EDPR, ofereceu 6,8 euros por acção aos accionistas minoritários, face à cotação actual de 6,98 euros, e quer retirar a empresa de Bolsa. O preço fixado na Oferta Pública de Venda da EDPR em 2008 foi 8 euros.
Num relatório, redigido apenas pelos administradores independentes desta 'renovável', o 'board' da EDPR apoiou os contornos gerais da operação.
"O Conselho de Administração é de opinião que, não obstante a contrapartida oferecida pela Oferente poder não refletir integralmente o valor potencial da empresa no longo prazo, o preço da Oferta se encontra num intervalo de valorização da sociedade que se considera adequado", referiu.
Explicou que, nesta tomada de posição, teve em conta a crescente concorrência no sector, os riscos macro-económicos, jurídicos e fiscais nas geografias em que a EDPR opera e as métricas obtidas no mercado de capitais, incluindo estimativas de analistas e múltiplos comparáveis.
Deixou também um alerta aos accionistas que têm de decidir.
"O Conselho de Administração recomenda que cada um dos senhores accionistas tome a sua decisão individual quanto à aceitação, ou não aceitação, da oferta em função da análise dos seus próprios objetivos, horizonte temporal de investimento e eventual necessidade de realização de liquidez para as ações da EDP Renováveis por si detidas".
A 20 de Abril, o multi-milionário 'hedge fund' britânico Ecofin disse que o preço da OPA "desvaloriza significativamente" a empresa. 'board' da EDPR lembrou que a contrapartida da representa um prémio de 9,7 pct relativamente à cotação de fecho anterior à OPA e um prémio de 10,5 pct face à cotação média ponderada dos seis meses anteriores.
Adiantou que o Deutsche Bank, UBS e Mediobanca consideram que a contrapartida é justa do ponto de vista financeiro.
A EDP prevê concluir a OPA no segundo ou terceiro trimestre de 2017, olhando para a operação como uma oportunidade para reformular o seu portfólio. (Por Daniel Alvarenga; Editado por Sérgio Gonçalves)