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RPT-Sec. Estado Tesouro espera solução rápida venda Novo Banco

Publicado 24.03.2017, 07:36
© Reuters.  RPT-Sec. Estado Tesouro espera solução rápida venda Novo Banco
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(Repete notícia divulgada ontem ao fim da tarde)

Por Sergio Goncalves

LISBOA, 24 Mar (Reuters) - O Governo espera encontrar rapidamente uma solução para a venda do Novo Banco, o banco de transição que está na recta final de negociações exclusivas para ser alienado ao fundo norte-americano Lone Star, disse o secretário de Estado do Tesouro Álvaro Novo.

As Finanças anunciaram a 21 de Março que os mais de 4.000 milhões de euros (ME) de empréstimos do Tesouro ao Fundo de Resolução (FR) foram estendidos em quase 30 anos para 2046, uma medida que é vista anteceder a venda do Novo Banco pois permite aos bancos manterem as actuais contribuições para o FR. Novo referiu que o actual Governo tem vindo a resolver os problemas da banca portuguesa, lembrando o aumento de capital em curso na estatal Caixa Geral de Depósitos (CGD), o 'cash call' do Millennium bcp BCP.LS e o facto do espanhol Caixabank ter assumido o controlo de 84,5 pct do BPI BBPI.LS .

"Em 2017, estamos a falar de apenas dois problemas (na banca) para resolver e estamos a trabalhar para os resolver; os 'non performing loans' e o Novo Banco", disse o secretário de Estado no Parlamento.

"(Quanto ao) Novo Banco uma solução será encontrada, esperamos, rapidamente", acrescentou.

O Governo já tinha dito que iria estender a maturidade destes empréstimos para que o 'good bank' Novo Banco possa ser vendido a um preço inferior ao que o FR injectou no seu capital inicial, sem que os bancos do sistema, que são os detentores do FR, aumentem contribuições para cobrir a diferença.

GOVERNADOR CONFIANTE

Por seu turno, numa comissão parlamentar, o Governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, também se mostrou confiante na alienação do Novo Banco.

"Nós esperamos que se conclua uma transferência da posição accionista do Fundo de Resolução para um novo investidor e que essa transferência seja uma demonstração que, em primeiro lugar, há um futuro para o banco e vai haver", disse Carlos Costa.

"Em segundo lugar, que continuará a desempenhar o papel que desempenha no financiamento da economia e, em terceiro lugar, que a decisão que foi tomada de resolução do banco foi a que minimizou os custos para a instituição e garantiu que nenhum positante perdeu o quer que fosse que tinha depositado no BES".

Adiantou que também "garantiu que esta transformação não perturbou o sistema financeiro, a confiança".

Sublinhou que "o Novo Banco mantém uma quota de mercado muito significativa, não perdeu quota senão marginalmente, continua a ser um instrumento precioso de financiamento das PMEs e conseguiu iniciar um processo de reestruturação como todos os outros bancos".

No âmbito da resolução do BES em Agosto de 2014, o capital do Novo Banco foi injectado com 4.900 ME, tendo o Tesouro concedido um empréstimo de 3.900 ME ao FR, havendo a expectativa que este 'good bank' seja alienado em breve ao fundo norte-americano Lone Star.

A 20 de Fevereiro, o Banco de Portugal (BP) recomendou ao Governo a selecção do potencial investidor Lone Star para uma fase definitiva de negociações exclusivas para lhe vender o Novo Banco, o 'bridge bank' que emergiu dos escombros do Banco Espírito Santo (BES), que foi alvo de uma resolução em Agosto de 2014.

Recentemente, fontes disseram à Reuters que as negociações para a venda do Novo Banco estão na recta final e o fundo norte-americano Lone Star propõe injectar até 1.000 milhões de euros (ME) no capital para assegurar 75 pct do capital.

Uma fonte disse que o preço inicial será "quase irrelevante já que a acção principal será a injeção de 1.000 ME".

Outra fonte afirmou que os restantes 25 pct 'públicos' serão para alienar depois, havendo um compromisso com a DGComp de venda do Novo Banco até Agosto de 2017, embora houvesse dúvidas sobre se o sentido do acordo era a venda de 100 pct do perímetro dos seus activos, que implicaria não retalhar o banco, ou 100 pct do capital.

Explicou que as negociações com Bruxelas envolviam ainda resolver a questão de saber onde ficam os 25 pct 'públicos', se permanecem no Fundo de Resolução ou em outra entidade pública, desde que se evitem eventuais impactos orçamentais futuros.

A 9 de Março, o governador do BP, Carlos Costa, disse que estava confiante na venda do 'good bank' Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star, que poderá ser um "accionista forte".

A 'private equity' Lone Star é um fundo norte-americano que, desde que estabeleceu o primeiro fundo pela mão de John Grayken em 1995, organizou 17 fundos 'private equity' com compromissos agregados de capital superiores a 70.000 milhões de dólares.

(Por Sérgio Gonçalves; Editado por Patrícia Vicente Rua)

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