Investing.com – Os ganhos da EDP animaram a bolsa de Lisboa na sessão desta segunda-feira, mas não o suficiente para a jornada encerrar em terreno positivo.
O índice principal da praça lisboeta terminou o dia no “vermelho”, depois de ter estado a contrariar a tendência igualmente negativa do início da jornada. O PSI 20 cedeu 0,15% para os 5.752, 59 pontos, com oito cotadas em alta e 12 em baixa.
O setor da banca foi o que mais pressionou o mercado nacional, com destaque para o BES que caiu 1,5% para os 0,721 euros por ação. Um reflexo dos resultados semestrais, aquém das expectativas, divulgados na sexta-feira passada. O banco apresentou prejuízos históricos de 237,4 milhões de euros no primeiro semestre do ano, contra o lucro de 25,5 milhões em igual período do ano passado.
Também em queda fecharam os títulos do BPI e BCP, que cederam 2,15% e 1,05% para os 0,999 euros e 0,094 euros respetivamente. O BCP deve apresentar ainda esta segunda-feira os resultados relativos ao segundo trimestre. Os analistas esperam prejuízos de 445 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano.
Em dia de apresentação de resultados da Oferta Pública de Subscrição (OPS), as ações do Banif encerraram igualmente em queda, a ceder 6% para os 0,047 euros.
O setor das telecomunicações também castigou a praça lisboeta, com os títulos da Portugal Telecom e da Sonaecom a cederem 1,18% e 0,45% para os 2,935 euros e 1,78 euros respetivamente. A Zon Multimédia era exceção com uma subida de 1,18% para os 4,199 euros por ação.
No setor energético a Galp também acompanhou a tendência de queda, a desvalorizar 0,12% para os 12,005 euros por ação. O lucro da Galp caiu 9,3% no primeiro semestre deste ano, face a igual período do ano passado, atingindo os 162 milhões de euros, divulgou esta manhã a petrolífera. Os números são ainda assim melhores do que o previsto pelos analistas.
A impedir maiores perdas esteve a EDP e a EDP Renováveis, com subidas 1,36% e 1,41% para os 2,6 euros e 3,821 euros respetivamente. A empresa continua a beneficiar dos resultados favoráveis apresentados na semana passada.
Também em terreno positivo estavam a Altri e Mota-Engil, a subir 2,18% e 1,37% para os 1,876 euros e 2,728 euros respetivamente. Os títulos da Semapa avançavam 0,15% para os 6,61 euros e os da Sonae Indústria 0,8% para os 0,505 euros.
Lá fora, as restantes praças de referência do velho continente encerraram a jornada em zona mista, no rescaldo da divulgação dos resultados favoráveis da Danone e da fusão entre a francesa Publicis e a Omnicom, da qual nascerá a maior empresa de publicidade a nível mundial.
O índice Eurostoxx 50 fechou a sessão ligeiramente abaixo da linha de água, a ceder 0,01% para os 2.741,73 pontos. O IBEX madrileno subiu 0,27% e o DAX alemão 0,17%. O CAC francês manteve-se inalterado e o FTSE londrino valorizou 0,08%.
À semelhança de Portugal, Itália encerrou no “vermelho”, a ceder 0,89%. Isto apesar de o Tesouro italiano ter colocado hoje o máximo oferecido de 8.500 milhões de euros em dívida a seis meses a uma taxa de juro inferior à paga no anterior leilão de dívida com esta maturidade.
Do lado de lá do Atlântico, Wall Street seguia a negociar em queda, com o índice industrial Dow Jones a ceder 0,42% e o tecnológico Nasdaq 0,34%. O S&P 500 recuava 0,46%. Apesar de terem superado as estimativas dos analistas, os resultados económicos apresentados esta segunda-feira parecem não ter convencido os investidores.
De acordo com os dados hoje revelados pela Associação Nacional de Agentes Imobiliários, em junho menos norte-americanos do que o esperado assinaram contrato promessa para comprar habitações existentes. O índice de vendas pendentes de casas existentes caiu 0,4% no mês passado para 110,9, depois de no mês anterior atingir máximos de dezembro de 2006.