XANGAI/HONG KONG, 3 Jul (Reuters) - O governo dos Estados Unidos decidiu impedir a China Mobile 0941.HK de oferecer serviços ao mercado de telecomunicações do país, recomendando que o seu pedido seja rejeitado porque a empresa representa riscos para a segurança nacional.
A medida do governo do presidente Donald Trump ocorre num contexto de crescentes disputas comerciais entre Washington e Pequim. Os Estados Unidos deverão impor tarifas sobre bens no valor de 34.000 milhões de dólares da China em 6 de julho, às quais Pequim deve responder com as suas próprias tarifas. Comissão Federal de Comunicações deve negar o pedido de 2011 da empresa estatal chinesa para oferecer serviços de telecomunicações entre os Estados Unidos e outros países, informou a Administração Nacional de Telecomunicações e Informações (NTIA) num comunicado publicado no seu site.
"Depois de um envolvimento significativo com a China Mobile, as preocupações sobre o aumento dos riscos para a segurança pública e os interesses de segurança nacional não puderam ser resolvidas", disse o comunicado, citando David Redl, secretário assistente de comunicações e informações do Departamento de Comércio dos EUA, a parte do qual é a NTIA.
A China Mobile, maior operadora de telecomunicações do mundo, com 899 milhões de assinantes, não respondeu imediatamente ao pedido da Reuters para comentários na terça-feira.
Contudo, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Lu Kang, em resposta a uma pergunta sobre a China Mobile num briefing diário, disse: "Pedimos que o lado relevante nos Estados Unidos abandone o pensamento de Guerra Fria e jogos de soma zero".
Texto integral em inglês: por Brenda Goh e Sijia Jiang; Traduzido por Nadiia Karpina, Gdynia Newsroom; Editado por Sérgio Gonçalves em Lisboa)