Europa: sessão negativa para os principais índices europeus de ações, após as declarações do presidente dos EUA sobre eventuais novas tarifas sobre importações provenientes da China.
O STOXX600 fechou com uma perda de 0,35%. Apenas 5 dos 19 principais setores do índice terminaram o dia com ganhos, com destaque para Media (+0,69%) e Utilities (+0,48%). Automóveis & Partes (-1,69%) e Recursos Naturais (-1,61%) lideraram as perdas.
Mercado de dívida de governos na Zona Euro: com exceção da Grécia (+0,3 pontos de base) e Portugal (+2,2 pontos de base para 1,668%) a sessão foi de descida nas yields das obrigações na região, traduzindo o ambiente risk-off nos mercados de ações.
Benoît Coeuré, membro do Comité Executivo do Banco Central Europeu, referiu numa entrevista à CNBC na sexta-feira que, apesar de representar uma preocupação, o Banco pode, por agora, não reagir ao contexto de incerteza no que se refere ao impacto das tarifas nos EUA e na China no comércio internacional.
Luis Linde (DE:LING), presidente do Banco de Espanha e membro do Conselho de Governadores do Banco Central Europeu, defendeu uma normalização gradual da política monetária, tendo em conta os riscos que o processo apresenta. Considerou que o país precisará de décadas para baixar a dívida pública para os níveis pretendidos pela Comissão Europeia.
Portugal: o PSI20 perdeu 1,25%. Apenas 5 das 18 cotadas do índice terminaram a sessão com ganhos, com destaque para Corticeira Amorim (LS:CORA) (+3,2%) e Altri (LS:ALSS) (+2,4%). Mota-Engil (-7,6%) liderou as perdas após apresentar os resultados para o segundo semestre de 2017.
EUA: sessão de significativa queda para os 3 principais índices nos EUA: DJIA -2,34%, S&P500 -2,19% e Nasdaq Composite -2,28%. Os 11 principais setores do S&P500 terminaram a sessão no vermelho, com destaque para industriais (-2,73%) e Tecnologia (-2,53%).
O conselheiro da Casa Branca para assuntos económicos, Larry Kudlow, afirmou que não há nenhuma guerra comercial. Referiu que Donald Trump poderá submeter uma lista de sugestões à China. Acredita que as negociações entre ambos os países deverão começar nos próximos meses. Incentivou a China a abrir os seus mercados e ter cuidado no tratamento da propriedade intelectual.
Jerome Powell, Chair da Reserva Federal dos EUA, defendeu na sexta-feira, no Economic Club de Chicago, que a postura de paciência que o Comité de Política Monetária tem utilizado na normalização da sua política, contribuiu para a forte economia dos EUA. Voltou a apontar para a necessidade de um equilíbrio entre uma subida demasiado rápida (que iria colocar em causa o ciclo de expansão da economia) e demasiada lenta da fed funds rate (que iria forçar provavelmente uma mais rápida subida no futuro).
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