GBPUSD: Adiamento do voto do acordo do brexit por parte do parlamento pressiona libra
A libra caiu 1,7% em relação ao dólar ontem, segunda-feira, depois de Theresa May surpreender o mercado adiando a votação no parlamento britânico sobre o acordo para Brexit, marcado para o dia de hoje, admitindo que enfrentaria uma derrota com uma margem significativa. May não esclareceu se teria uma alternativa ao actual acordo antes do final do ano, o que significa que o processo poderá arrastar-se para 2019.
A possibilidade de não haver um acordo ou mesmo um Hard Brexit deverá continuar a pressionar a libra nas próximas semanas e o facto do dólar continuar em tendência altista também prejudica o par.
Referência técnica: A libra tem estado pressionada desde meados do ano, no entanto a zona dos $1,27 tinha suportado o par várias vezes nos últimos meses. Ontem, com o adiamento das votações do acordo do Brexit, o par acabou por quebrar com força esta zona, uma quebra que poderá levar a libra para valores ainda mais baixos, pelo que é expectável ver a libra a corrigir em alta até perto da zona assinalada a verde no gráfico (agora resistência) para depois voltar a desvalorizar.
USDCHF: Par poderá continuar pressionado devido à procura de activos de refúgio
À medida que nos aproximamos do final do ano, alguns temas globais, como o processo do Brexit e as tensões comerciais entre os EUA e a China, continuam na ordem do dia. Índices bolsistas de referência como o DAX 30 e o NASDAQ 100 apresentam sinais baixistas a médio prazo, pelo que a aversão ao risco deverá manter-se nas próximas sessões.
Num contexto de aversão ao risco e de fraqueza dos activos de risco, o franco suíço assume-se como uma moeda de refúgio, ao mesmo tempo que os investidores vendem dólares americanos. O ouro cotado em USD, outro activo de refúgio por excelência, subiu 0,8% na passada semana.
Referência técnica: O USDCHF tem apresentado movimentos impulsivos na queda, tendo recentemente quebrado em baixa um pennant. Esta figura gráfica é de continuação de tendência, pelo que preferimos um posicionamento baixista. Note-se que, a médio prazo, este par cambial está no topo do intervalo amplo, que vai dos 1 aos 0,9540. Em termos de objectivo, perspectivamos os 0,9828. Relativamente à gestão de risco, sugerimos os 0,9930, para uma relação de risco/rendimento de 2:1.
Crude WTI: Num mercado com excesso de oferta, corte de produção da OPEC + deverá providenciar alívio a curto prazo
Após a acumulação de múltiplos sinais de excesso de oferta no mercado de crude, continuados pedidos de Trump para aumento de produção por parte da OPEP e perspectivas de desaceleração económica cada vez mais prováveis de se concretizar, o Crude WTI encetou uma pesada e brusca correcção de quase 35%, em menos de dois meses.
Na passada sexta-feira, a OPEP e os seus aliados (OPEP+) reverteram a decisão tomada em Junho deste ano e decretaram um corte de produção de 1,2 milhões de barris por dia – um valor superior ao antecipado pelo mercado. Esta redução de output, que será dividida entre os membros da OPEP (800 mil barris) e os seus aliados (400 mil barris), deverá conferir um estímulo altista a curto prazo, alavancado pela elevada sobrevenda técnica na sequência da queda praticamente ininterrupta. Todavia, a médio/longo prazo, a nossa visão permanece bearish, compreendendo que não obstante o corte de produção, a desaceleração económica sincronizada que antecipamos para 2019 deverá limitar seriamente o potencial de apreciação do crude.
Referência técnica: Tendo suportado significativamente nos 76,4% da retracção de Fibonacci iniciada nos primeiros dia de Outubro, o crude tem exibido mínimos sucessivamente superiores. No gráfio de quatro horas, a quebra da mais recente tendência descendente, poderá permitir ao crude revisitar, num primeiro momento, a região dos USD 54,50 por barril.
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