GBPJPY: Moção de censura sem força para avançar, May reúne com Juncker antes da cimeira extraordinária para Brexit
Na terça-feira passada, Theresa May alcançou um acordo provisório com Bruxelas quanto ao conteúdo do tratado para Brexit. Dois dias depois, o sentimento positivo desvaneceu-se, dando lugar a mais uma ronda de pesadas quedas para a libra. Estas foram motivadas pela elevada contestação parlamentar do Brexit deal conseguido com a União Europeia, tendo a clara insatisfação dos membros do parlamento britânico sugerido o chumbo do mesmo, aquando da sua votação na House of Commons. A maioria dos partidos opõe-se ao acordo e vários Conservadores deverão votar contra.
Efectivamente, alguns membros da facção eurocéptica do partido Conservador iniciaram uma tentativa de moção de censura – que aprovada por 2/3 do parlamento faria cair o governo de Theresa May. Para a moção de censura ser despoletada seriam necessárias 48 intenções, um número que não foi atingido, diferindo a sobrevivência do actual governo para o momento de voto parlamentar do acordo. Ainda que Theresa May declare veementemente que não há espaço para um segundo referendo, nem para estender a data de saída (29.03.19), o mercado parece estar a descontar cada vez mais o primeiro cenário (potencialmente positivo, caso houvesse uma vitória da permanência na UE) ou um hard Brexit, saída abrupta sem acordo.
Referência técnica: Assumindo que o pior desta semana já passou e que a reunião com Juncker providenciará o mote necessário para uma cimeira extraordinária frutuosa com a UE (25.11.18), o GBPJPY suportou na linha de tendência ascendente. A superação dos 50% de Fibonacci deverá conferir um estímulo altista adicional. Acreditamos que o par poderá revisitar os 147,10, antes de surgirem novos desenvolvimentos negativos materiais.
GBPUSD: Libra poderá reagir positivamente, depois dos desenvolvimentos políticos em torno do Brexit
A libra esterlina foi fortemente pressionada na passada semana, com as novidades sobre o Brexit a provocar elevada volatilidade, que, nalguns dias, foi superior até à de várias moedas emergentes.
Note-se que a tendência principal de queda do GBPUSD foi interrompida em Agosto, mês desde o qual o par tem consolidado dentro de um triângulo.
Referência técnica: O GBPUSD aparenta estar a consolidar num triângulo simétrico de longo prazo. Um triângulo típico apresenta 5 movimentos em ABCDE. Até agora, tivemos apenas 4 movimentos, devidamente identificados no gráfico, pelo que esperamos mais um movimento em alta. Poderemos ter uma retracção em alta até aos 50% ou aos 61,8%. Se atingir esta zona, ponderaremos um posicionamento curto. Por agora, preferimos posições compradoras, numa perspectiva táctica. Um eventual cruzamento no estocástico lento confirmaria esta toada altista.
XAUUSD: Ouro encontra-se próximo de uma zona de resistência de grande importância
O ouro tem revelado pressão vendedora durante praticamente todo o ano de 2018 e, após as recentes correcções em alta, as quedas deverão continuar. A corroborar esta tendência está a Reserva Federal norte-americana, que embora tenha referido que o mercado apresenta algumas fragilidades, ainda assim mostrou vontade de continuar a normalizar a taxa de juro directora. Este tipo de discurso prejudica directamente o ouro uma vez que este activo não produz qualquer rendimento (dividendos ou cupões), ficando menos apelativo num contexto de taxas de juro mais altas.
Outro factor que tem tido impacto na cotação do metal dourado é o facto do dólar estar a valorizar bastante desde o início do ano e não tem mostrado sinais de abrandamento. Estes argumentos têm levado alguns investidores a retrair o investimento em ouro, sendo que este já apresenta um posicionamento especulativo líquido vendedor.
Referência técnica: Depois do ouro ter quebrado, em Setembro, o canal descendente em alta acabou por lateralizar e formar uma zona de resistência com bastante poder preditivo que deverá pressionar o ouro para baixo novamente.
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